The “art of trickery” between burlesque and tragedy - a long-lasting dramatic narrative

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v11i20.46951

Keywords:

Favor; trickery; Brazilian way; corruption; humbug; tragedy.

Abstract

This literary work is not a speech about reality, but a way of speaking to society. Based on this ethnographic premise, the text explores the symbolic relationship between literature and some moments of Brazilian cultural and political history since the Empire. The objective is to analyze the change in the meaning of trickery over time, highlighting its similarities and differences with other categories of Brazilian cultural and political imagery such as favor, the Brazilian way, the corruption, which although viewed with suspicion and discredit today, still reveal in a dense and critical way significant aspects of contemporary reality. Thus, the “art of trickery”, understood as a set of symbolic representations and practices, constitutes a long-lasting narrative in which the drama of a society whose history oscillates between mock and tragedy is revealed.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Gilmar Rocha, UFF

Doutor Antropologia Cultural (PPGSA/IFCS/UFRJ).

Professor do Departamento de Artes e Estudos Culturais (RAE)

Programa de Pós Graduação Cultura e Territorialidades (PPCULT)

Universidade Federal Fluminense (UFF).

References

ALMEIDA, Manuel Antônio. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Círculo do Livro, 1988.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec ; Brasília: UnB, 1987.

BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro - a arte de ser mais igual que os outros. Rio de Janeiro: Campos, 1992.

BEZERRA, Marcos Otavio. Corrupção e produção do Estado. REPOCS, São Luís, v. 14, n. 27, p. 99-130, 2017.

BOURDIEU, Pierre. O sentimento da honra na sociedade cabília. In: PERISTIANY, J. (org.). Honra e vergonha – valores das sociedades mediterrânicas. Lisboa: Fundação CalousteGulbenkian, 1988. p. 157-195.

BUENO, André. A dialética e a malandragem. Revista Letras, Curitiba, n. 74, p. 47-69, 2008.

CANDIDO, Antônio. Dialética da malandragem (caracterização das Memórias de um sargento de milícias). In: ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Círculo do Livro, 1988. p. 187-217.

CANO, Ignácio; DUARTE, Thaís (coords.). No sapatinho – a evolução das milícias no Rio de Janeiro (2008-2011). Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Boll, 2012.

CAVALCANTI PROENÇA, Manuel. Roteiro de Macunaíma. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

DAMATTA, Roberto. A obra literária como etnografia – notas sobre as relações entre literatura e antropologia. In: Conta de mentiroso – sete ensaios de antropologia brasileira. Rio de Janeiro: Rocco, 1993, p. 35-58.

DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

FERNANDES, Millôr. Vidigal – memórias de um sargento de milícias. Porto Alegre: L&PM, 1981.

FILGUEIRAS, Fernando. A tolerância à corrupção no Brasil – uma antinomia entre normas morais e prática social. Opinião pública, Campinas, v. 15, n. 2, p. 386-421, 2009.

GOMES, José Vitor. A corrupção em perspectivas teóricas. Teoria & Cultura, Juiz de Fora, v. 5, n. 1 e 2, p. 21-33, 2010.

HOLANDA, Chico Buarque. Ópera do malandro. São Paulo: Cultura Editora, 1980.

HOLANDA, Sergio Buarque. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.

JORGE, Fernando. O grande líder - romance satírico, bárbaro, picaresco, baseado em fatos reais, nas cenas surrealistas da vida social e política de um país latino-americano chamado Brasil. São Paulo: Geração editorial, 2003.

LEITE, Dante Moreira. O caráter nacional brasileiro –história de uma ideologia. São Paulo: Pioneira, 1983.

LINDHOLM, Charles. Carisma – êxtase e perda de identidade na veneração ao líder. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

MACAMO, Elísio. Corrupção. In: SANSONE, Lívio; FURTADO, Claudio (orgs.). Dicionário crítico das ciências sociais dos países de fala oficial portuguesa. Salvador: EDUFBA, 2014. p. 59-73.

MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. In: GIANOTTI, José. (org.). Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 323-404.

MATOS, Claudia. Acertei no milhar – samba e malandragem no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

MAUSS, Marcel. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1981.

MISSE, Michel. Malandros, marginais e vagabundos & a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Tese (Doutoramento em Sociologia), Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), Rio de Janeiro, 1999.

MISSE, Michel. Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Civitas, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 371-385, 2008.

NASCIMENTO, Marcelle. A positivação do “jeitinho brasileiro” na mídia – uma reconfiguração do estereótipo identitário nacional. Dissertação (Mestrado em Cultura e Territorialidades), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2017.

REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito – a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo, Companhia das letras, 1989.

ROCHA, Gilmar. A imaginação e a cultura. Teoria & Cultura, Juiz de Fora, v. 11, n. 2, p. 167-187, 2016.

ROCHA, Gilmar. O rei da Lapa- Madame Satã e a malandragem carioca. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.

ROCHA, João Cezar, A guerra de relatos no Brasil contemporâneo - Ou: a dialética da marginalidade. Letras, Santa Maria, n. 32, p. 23-70, 2006.

RODRIGUES, José Carlos. Revisitando a malandragem. Alceu, Rio de Janeiro, v. 19, n. 37, p. 6-15, 2018.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal – das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SANTOS, Boaventura; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, p. 23-71.

SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar. In: Ao vencedor as batatas – forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Duas Cidades, 1981. p. 13-28.

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira – quem é e como vive. Belo Horizonte: UFMG, 2009.

SOUZA, Jessé.A elite do atraso – da escravidão a Bolsonaro (edição revista e ampliada). Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019.

TELLES, Vera; HIRATA, Daniel. Cidade e práticas urbanas – nas fronteiras incertas entre o ilegal, o informal e o ilícito. Estudos Avançados, São Paulo, v. 21, n. 61, p. 173-191, 2007.

TURNER, Victor. Dramas, campos e metáforas – ação simbólica na sociedade humana. Niterói: EDUFF, 2008.

VASCONCELLOS, Gilberto. Música popular – de olho na fresta. Rio de Janeiro: Graal, 1977.

VELHO; Gilberto; KUSCHINIR, Karina (orgs.). Mediação, cultura e politica. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.

VIANNA, Letícia. Bezerra da Silva: produto do morro - trajetória e obra de um sambista que não é santo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

WEBER, Max. A ‘objetividade’ do conhecimento nas ciências sociais. In: COHN, Gabriel (org.). Weber: sociologia. São Paulo: Ática, 1986. p. 79-127.

ZÉ KETI & MONSUETO. História da música popular brasileira. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

ZONZON, Christine. Capoeira -algumas versões da malicia. Revista de Humanidades e Letras, Salvador, v. 1, n. 1, p. 45-81.

Published

2021-03-01

How to Cite

Rocha, G. (2021). The “art of trickery” between burlesque and tragedy - a long-lasting dramatic narrative. PragMATIZES - Latin American Journal of Cultural Studies, 11(20), 358-385. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v11i20.46951

Issue

Section

Artigos (em Fluxo Contínuo)