Charlotte Puiseux: Teoria Queer e Antivalidismo
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v15i30.66074Resumo
Resumo
Em De Chair et de Fer: vivre et lutter dans une société validiste, a filósofa Charlotte Puiseux não somente traz uma crítica radical ao modelo sociocultural normativo, ancorado em dinâmicas altamente validistas, mas, também busca pensar as tensões com as normas instituídas sobre os corpos e vidas sociais. Em suas reflexões, ela aporta alternativas teórico-filosóficas e militantes para problematizar o validismo e sua imposição capacitista sobre corpos e formas de existências que transgridem uma noção narcísica, euro-falo-centrada, sobre o que é um corpo. Uma das alternativas propostas por Puiseux é o intercruzamento de teoria queer e teorias antivalidistas. Ela afirma que é necessário “queerizar a deficiência”. A autora questiona a centralidade imposta por uma perspectiva dual e binária, instituída por noções orientadoras do pensamento e de práticas sociais presentes, tanto no discurso sobre corpos, quanto nos espaços destinados a eles. Assim, uma problematização das tipologias conceituais e sociais do normal e do patológico, do corpo válido e inválido, do mito da capacidade e da incapacidade, são pensados pela autora pela perspectiva queer. Para ela, a teoria queer constrói seu estatuto teórico justamente a partir da crítica à naturalização e à biologização de normas socio-historicamente organizadas, reinstituídas, reinventadas e que se impõem como modelo organizacional da vida social. Assim, apresenta-se neste artigo a proposta de Charlotte Puiseux de “queerizar” o debate sobre as deficiências e a interrelação entre teoria queer e teoria antivalidista.
Palavras-chave: Validismo; Deficiência; Normal; Patológico; Queer.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Renan Gonçalves Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REP, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REP tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REP adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REP utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.
Para mais informações, contatar a editora através do e-mail revistaestudospoliticos@gmail.com