Um outro desejo do mundo: a pornografia queer como elemento que desorganiza a palavra e a imagem
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v15i30.66174Resumo
Resumo
O que se passa entre a palavra e a imagem, o dito e o visto? Este artigo se propõe a investigar como o filme Nova Dubai (2014), de Gustavo Vinagre, e a antologia O poeta pornosiano (2011), de Glauco Mattoso, desorganizam a palavra e a imagem ao romperem com a representação por meio da pornografia. Desse modo, inspirado no método cartográfico proposto por Félix Guattari e Gilles Deleuze, esta pesquisa realiza uma cartografia entre literatura e cinema ao acompanhar diferentes níveis (do expressivo ao representativo) com o objetivo de seguir o fluxo desejante que atravessa ambas as obras. Nesse sentido, argumento que a mobilização de um desejo abjeto, que é convocado por meio de uma pornografia queer tanto na obra de Vinagre quanto na de Mattoso, procura atingir o avesso da palavra e da imagem. Assim, ao perseguir esse fluxo desejante, as obras se abrem para uma relação outra entre sujeito e mundo e rejeitam qualquer perspectiva de um futuro utópico ao assumir um fazer ético-estético-político que se movimenta por esse desejo abjeto, signo de uma negatividade queer. Por fim, o que aparece não é a configuração de uma identidade fixa e bem delimitada do ato sexual ou de seus participantes, mas a proliferação de sexualidades dissidentes e alternativas ao eixo heteronormativo.
Palavras-chaves: Pornografia; queer; Gustavo Vinagre; Glauco Mattoso; palavra; imagem
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