Os contos africanos, o podcast e as reverberações entre crianças e professora
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67111Resumo
O presente texto é fruto de uma pesquisa realizada com crianças de uma turma de quinto ano da rede municipal do Rio de Janeiro, no cotidiano escolar, a qual buscou compreender as reverberações, relacionadas ao autorreconhecimento étnico-racial, provocadas pela leitura de contos africanos e pela produção de podcasts. Teve como objetivo investigar caminhos para a prática antirracista, a partir da leitura e reflexão dos contos africanos, reconhecendo a escola como espaço de produção de saberes outros. Sua natureza é qualitativa e se inscreve no campo da pesquisa (auto)biográfica, dialogando com os estudos do/no/com o cotidiano escolar. Assume uma opção metodológica de perspectiva narrativa em três dimensões (PRADO; SOLIGO; SIMAS 2014). Assim sendo, a leitura de contos africanos em sala de aula e a produção dos podcasts se configuraram como elementos disparadores de reflexões e problematizações de questões que abordavam temas da vida cotidiana, como também levantaram temáticas relacionadas aos valores civilizatórios africanos (TRINDADE 2005). Os movimentos da pesquisa em diálogo com autores, que deram sustentação teórico-epistemológica ao trabalho, tais como Hampâtè Bâ (1994; 1999; 2005, 2010), bell hooks (2013), Kpholo (2022), Paulo Freire (1996), dentre outros/as, me possibilitaram perceber que para além das reverberações de caráter ético, de autorreconhecimento étnico-racial, de reflexões sobre a sociedade e a vida humana, provocadas pelas leituras dos contos e pela produção dos podcasts, nas crianças, nas famílias e também na pesquisadora, os contos foram se revelando como potentes ferramentas de enredamento de saberes.
Palavras-chave: Contos africanos, Práticas antirracistas, Podcast, Cotidiano escolar, Professorapesquisadora.
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