As grandes rochas, fogueiras e muitas rodas: o sentido de aular nas ancestralidades africanas
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67113Resumo
Este artigo versa sobre caminhos, possibilidades e contribuições de tradições orais ancestrais de origem africana. Nosso objeto de estudo é a roda de conversa enquanto aula, são as peculiaridades de uma educação cujos espaços formativos são bem mais amplos que o da escola de origem europeia, por ser a vida cotidiana em si. As civilizações ocidentais, ao considerarem que onde não há escrita não há conhecimento, não há história, tratam com descrédito as tradições orais e a educação tradicional das civilizações africanas. Por meio de uma escuta ampliada pautada no protagonismo africano, buscamos uma compreensão do “aular” na perspectiva dos fulBe, dos bámàná, dos maninka, dos sénéfo (grupos étnicos do oeste africano) e na perspectiva da nossa própria ancestralidade. Realizamos estudos de cunho documental e bibliográfico, além de entrevistas não estruturadas com africanos da região sudano-saheliana. Para fins deste artigo, concentramo-nos nos diálogos estabelecidos com o filósofo Amadou Hampâté Bâ, o djeli Toumani Kouyaté e o mestre na arte de contar histórias François Moïse Bamba. Buscamos a não hierarquia dos saberes, uma vez que o fundamento metodológico da pesquisa é o diálogo entre pessoas.
Palavras-chave: aular, ancestralidades africanas, oralidade, rodas de conversa
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