Práticas de aula - Atos responsáveis em escuta
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67116Resumo
Com o texto que ora apresentamos buscamos refletir sobre as práticas de aula em cotejo com Mikhail Bakhtin e Wanderley Geraldi, dialogando ainda com outros autores e autoras a fim de elucidarmos diferentes sentidos que a aula, enquanto posicionamento ideológico, pode se apresentar. Nesse propósito, buscamos exemplificar trazendo dois planos de aula, problematizando-os: o primeiro, gestado à luz de concepções que tratam o ensino basicamente como transmissão de um conhecimento pronto, e orientam as macropolíticas públicas de educação; o segundo, em compreensão respondente à filosofia da linguagem bakhtiniana, sob a qual o ensino se faz com a enunciação, com o dialogismo, que orientam as microrrelações que se dão no cotidiano. Ao concluirmos consideramos que reconhecer os elementos fundamentais para as relações que chamamos aula envolve reconhecer a própria aula como o lugar da enunciação; da escuta do outro como um ser expressivo, falante, do qual não se pode silenciar a voz; da escuta sobre nós mesmas; reconhecer a aula como um ato cultural e que todo ato cultural vive por essência sobre fronteiras; que nossas escolhas demandam autocrítica, reflexão, (re)tomada de posição; reconhecer, por fim, que são os acontecimentos do e no cotidiano da sala de aula que conferem aprendizado, conferem singularidade, dialogismo e autoria tanto para o trabalho da professora, quanto para as atividades das crianças.
Palavras-chave: Aula; Ato responsável; Compreensão respondente; Filosofia da linguagem de Bakhtin e seu Círculo.
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