Teorias narrativas em educação: narrativas e teorias vividas nas aulas
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67118Resumo
No objetivo de compartilhar uma noção de aula, tomamos um exercício narrativo na pós-graduação em educação amparado na filosofia da linguagem bakhtiniana, em que a vida é vista na convivência. O ser humano, único animal capaz de criar diferentes linguagens nasce extremamente frágil. Nos formamos ao conviver aprendendo com o outro, de maneira singular. O outro que lhe oferece colo precisa trabalhar. Um/a professor/a assume esse papel. Aula é o espaçotempo institucional desse lugar do outro. Por aprendermos a conviver na convivência, quem não teve oportunidade de criar e compartilhar a criação não vê sentido na capacidade humana de criar. A formação criadora das crianças fica sem sentido e, sem alguém que escute/veja suas iniciativas criadoras, a aula não vai acontecer. Anos atrás, nosso grupo convidou professoras a narrar as aulas para resolver o problema de pesquisar as práticas pedagógicas, e fez sentido, o conhecimento aconteceu, a auto-estima cresceu: as narradoras se tornaram autoras-criadoras de suas narrativas, pesquisas e aulas. Ao convidarmos pós-graduandos/as ao exercício contar por escrito “Como me chamam?”a rememoração de pessoas amadas e o choque de alguns esquecimentos, a compreensão do papel ético, cognitivo, estético e político da escrita narrativa; o valor insubstituível e irredutível de uma pessoa a seu papel social, possibilitou conversas filosóficas, políticas, históricas, artísticas, por oferecermos e eles/as aceitarem apesar da expectativa de referências teóricas e metodológicas das narrativas, nas aulas semanais do primeiro semestre letivo, exercitar escrever narrativas para então pensarem nas teorias que dizem o que é narrar.
Palavras-chave: narrativa; estudos bakhtinianos; filosofia da linguagem; autor-criador; posicionamento estético.
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