Entre vermelhos e barricadas: docência e movimento estudantil na escola de belas artes da ufrj em 2024
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67119Resumo
O artigo aborda a greve estudantil ocorrida no primeiro semestre de 2024 na Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacando especialmente o movimento que teve início na EBA - Escola de Belas Artes, situada no campus universitário da Ilha do Fundão. Naquele momento, a classe docente da instituição decidiu não aderir à greve da categoria, que obteve ampla participação em universidades federais de todo o país. Em resposta ao cenário político e às condições atuais do ensino, os estudantes decidiram unir-se ao movimento nacional. A greve estudantil começou na EBA e, posteriormente, expandiu-se para outras unidades e cursos. Com um olhar testemunhal e crítico, a autora, atuando como observadora participante, reflete sobre sua posição como professora, pintora, artista e pesquisadora no contexto do ensino de arte. Para isso, ela recorre à história recente da instituição bicentenária e a seus laços com o corpo acadêmico ao longo de seu percurso formativo. A narrativa explora sua relação com a docência e com o processo artístico no campo da pintura, conectando-os aos acontecimentos da greve. A questão central do texto é o entendimento dos motivadores da greve estudantil e o deslocamento da vivência coletiva dos ateliês para as atividades de mobilização. Por meio de uma greve de ocupação, o movimento estudantil criou um novo espaço de aprendizado, trocas e organização, envolvendo alguns professores e contrastando com estruturas frequentemente rígidas, utilitaristas e autoritárias da universidade. Através de estratégias conjuntas, os futuros artistas conseguiram se unir e expressar uma voz coletiva.
Palavras-chave: Greve estudantil. Movimento estudantil. Mobilização acadêmica. Docência. Ensino de arte. Prática artística. Escola de Belas Artes. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Copyright (c) 2025 Martha Werneck de Vasconcellos

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