A aula é um corte críptico
DOI:
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67132Resumo
O texto parte de uma análise do diagrama político contemporâneo descrito por pensadores e pensadoras como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Shoshana Zuboff para tentar situar a escola, sua ação e seus efeitos políticos na realidade. Assume, para tal, a aula como elemento básico desta ação, argumentando que, a partir da ideia de máquina abstrata de Deleuze e Guattari, a aula opera como um corte, no sentido filosófico do termo. Assim, o artigo propõe uma concepção mais restrita de aula, recuperando seu sentido original e afastando-a das influências neoliberais que promovem a lógica individualista e de mercado. O faz a partir de uma análise de três cortes específicos – temporal, espacial e relacional – realizados pela configuração específica da aula, tentando com isso delimitar seu território. A partir desse estudo e sustentado por outros filósofos e filósofas da educação como Masschelein, Simons, Biesta e Arendt, o artigo busca demonstrar como a unidade educativa aula pode, ainda e mais do que nunca, ser uma importante interface na linha de frente das capturas biopolíticas que, fundadas na visibilização como modo operativo, contaminam todos os territórios do mundo contemporâneo. E como a aula, do modo a descrevemos, pode fazê-lo na medida em que cria condições para uma ação críptica.
Palavras-chave: aula, críptica, corte, biopolítica, escola, heterotopia, heterocronia, heterodrasia.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Daniel Gaivota

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REP, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REP tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REP adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REP utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.
Para mais informações, contatar a editora através do e-mail revistaestudospoliticos@gmail.com