De Gramsci à Teoria das Posses Essenciais: Política, Cultura e Hegemonia em “Os 45 Cavaleiros Húngaros”

Autores

  • Raquel Kritsch

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v4i7.38662

Palavras-chave:

Pensamento brasileiro, teoria política, hegemonia, Oliveiros Ferreira, cultural studies, Estado

Resumo

A constatação gramsciana de que a cultura constitui o principal campo da (re)produção da dominação e da subordinação, bem como dos valores que sustentam as desigualdades e as hierarquias, é compartilhada por inúmeras correntes de pensamento, entre as quais se destacam os autores vinculados aos Cultural Studies. No Brasil, a preocupação com a complexa imbricação entre cultura e política tem sido objeto de reflexão de várias disciplinas. No campo da Teoria Política, chama a atenção a formulação oferecida por Oliveiros Ferreira, em seu Os 45 cavaleiros húngaros. Este artigo tem como objetivo apresentar e debater a teoria elaborada por este autor, a partir de uma leitura particular de Gramsci. Para tanto, aborda-se a organização do pensamento gramsciano empreendida por Oliveiros Ferreira. Em seguida, serão expostos os fundamentos de sua original “teoria das posses essenciais”, que intenta contribuir para uma “teoria da hegemonia” de inspiração gramsciana, para mostrar o papel de relevo que tal teoria desempenha na compreensão pelo autor das noções centrais de sociedade civil, sociedade política e Estado formuladas pelo Sardo, e também para sua interpretação de como se dá a crise da hegemonia. Por fim, retoma-se a questão da relação entre política e cultura em alguns dos expoentes dos Cultural Studies, procurando apontar as principais diferenças entre esta corrente de pensamento e a explicação oferecida por Oliveiros Ferreira para o mesmo fenômeno.

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Publicado

2019-11-15

Edição

Seção

Dossiê Cultura e Política