O MÉTODO INVESTIGATIVO DE SHERLOCK HOLMES EM “O SINAL DOS QUATRO”: LIÇÕES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
DOI :
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i32.39307Mots-clés :
Epistemologia, Detetive, Indução, Abdução, Sala de AulaRésumé
A “ciência da dedução” da personagem Sherlock Holmes de Conan Doyle como descrita no romance “O sinal dos quatro” é analisada de um ponto de vista epistemológico (Peirce, Popper, Kuhn e Lakatos). O objetivo principal é evidenciar aspectos relevantes do fazer científico que possam ser usados, de forma lúdica, em aulas de ciências, favorecendo um ensino menos focado no conteúdo e mais voltado para como o conhecimento é produzido, verificado e corrigido. Acredita-se que um ensino de ciências mais voltado para esses aspectos pode contribuir para uma visada crítica do fazer científico, prevenindo a suscetibilidade a argumentos falaciosos, tanto de cunho tecnocrático quanto pseudocientífico. Essa atitude crítica pode promover um exercício mais pleno da cidadania.
Téléchargements
Références
BACHA, M. D. L. A teoria da investigação de CS Peirce. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. São Paulo: PUC, 1997.
BAYM, N. Concepts of the Romance in Hawthorne's America. Nineteenth-Century Fiction, v. 38, n.4, p. 426-443, 1984. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3044748?seq=1#page_scan_tab_contents. Acesso em 06 de abril de 2019.
BIZZO, N. Criacionismo versus Evolucionismo: Literalismo religioso e materialismo darwiniano em questão. Filosofia e História da Ciência, v. 8, n. 2, p. 301-339, 2013. Disponível em: http://www.abfhib.org/FHB/FHB-08-2/FHB-8-2-08-Nelio-Bizzo.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.
BURIAN, R. M. 2013. On Gene Concepts and Teaching Genetics: Episodes from Classical Genetics. Science & Education, v. 22, p. 325–344, 2013. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11191-011-9367-y. Acesso em 06 de abril de 2019.
CASTÉRA, J.; CLÉMENT, P. Teachers’ Conceptions About the Genetic Determinism of Human Behaviour: A Survey in 23 Countries. Science & Education, v. 23, p. 417-443, 2014. Disponível em : https://link.springer.com/article/10.1007/s11191-012-9494-0. Acesso em 06 de abril de 2019.
COSTA, W. L. D.; SANTOS E. G. O detetive metafísico no romance policial pós-moderno: Sherlock Holmes em Michael Hardwick. In: Salão de Iniciação Científica, 7, 2012, Mossoró. Anais, Mossoró: UERN, 2012, p. 1179-1184. Disponível em http://www.uern.br/sic/arquivos/vii_sic_lla.pdf#page=94. Acesso em 06 de abril de 2019.
DENTZ, R. A. Percepção e generalidade em Charles Peirce. Revista eletrônica de filosofia, v. 7, n. 1, p. 19-25, 2010. Disponível em http://www.pucsp.br/pos/filosofia/Pragmatismo. Acesso em 06 de abril de 2019.
DOYLE, A. C. O sinal dos Quatro. In: DOYLE A. C. Sherlock Holmes: obra completa. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016, p. 137-245.
GEWANDSZNAJDER, F. O que é o método científico. São Paulo: Pioneira, 1989.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas SA, 2008.
JUNIOR, R. L. P.; CRESPO, M. R. O método holmesiano de investigação e sua herança na ficção televisiva: os casos de Sherlock e The good wife. Juiz de Fora: Lumina, 2016.
KUHN, T. S. Reflections on my critics. In: LAKATOS, I.; MUSGRAVE, A. Citicism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1972, p. 231-278.
LAKATOS, E. M.; MARCONi, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2003.
LAKATOS, I. Falsification and the methodology of scientific research programmes. In: Lakatos, I.; Musgrave, A. Citicism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1972, p. 91-196.
LONG, D. E. The Politics of Teaching Evolution, Science Education Standards, and Being a Creationist. Journal of Research in Science Teaching, v. 49, n. 1, p. 122–139, 2012. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/tea.20445. Acesso em 06 de abril de 2019.
LOZANO, J. El signo de los tres: Dupin, Holmes, Peirce. Politica y sociedad, v. 6/7, p. 124-125, 1990. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/38819616.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.
MENNA, S. H.(2011) Peirce e o método dos detetives. A Palo Seco-Escritos de Filosofia e Literatura, n. 3, p. 70-76, 2011. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/apaloseco/article/view/5103. Acesso em 06 de abril de 2019.
NICOLAU, M.; ABATH, D.; LARANJEIRA, P. C.; MOSCOSO, T.; MARINHO, T. & NICOLAU, V. Comunicação e Semiótica: visão geral e introdutória à Semiótica de Peirce. Revista Eletrônica Temática, v.6, n. 8, 2010. Disponivel em https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/40502733/Comunicacao_e_Semiotica.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1554593050&Signature=B1hsixFSEDE6TYSItwRvQozuT%2FQ%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DComunicacao_e_Semiotica.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.
PIGNATARI, D. Semiótica e Literatura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2014.
POPPER, K. Ciência: Conjecturas e Refutações. In: POPPER, K. Conjecturas e Refutações. Brasilia: Editora da Universidade de Brasilia, 1982, p. 63-88.
SCOTT, E. C.; BRANCH, G. Evolution: what’s wrong with ‘teaching the controversy’. Trends in Ecology & Evolution, v. 18, n. 10, p. 499-502, 2003. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169534703002180. Acesso em 06 de abril de 2019.
SEBEOK, T. A. & UMIKER-SEBEOK, J. Sherlock Holmes y Charles S. Peirce: El método de la investigación. Barcelona: Letra e, 1987.
SOUZA, F.; WINTER, Y.; FEITAL, Y.; PINHEIRO, C. H. Sherlock Holmes: Semioticista por Excelência?. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 40, 2017, Curitiba. Anais, Curitiba: Intercom, 2017.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Michelle Rezende Duarte, Tainara Ravaglia Ferreira Gonçalves, Edson Pereira Silva 2019
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob Attribution-ShareAlike 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).