O MÉTODO INVESTIGATIVO DE SHERLOCK HOLMES EM “O SINAL DOS QUATRO”: LIÇÕES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

Autores

  • Michelle Rezende Duarte Universidade Federal Fluminense
  • Tainara Ravaglia Ferreira Gonçalves Universidade Federal Fluminense
  • Edson Pereira Silva Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i32.39307

Palavras-chave:

Epistemologia, Detetive, Indução, Abdução, Sala de Aula

Resumo

A “ciência da dedução” da personagem Sherlock Holmes de Conan Doyle como descrita no romance “O sinal dos quatro” é analisada de um ponto de vista epistemológico (Peirce, Popper, Kuhn e Lakatos). O objetivo principal é evidenciar aspectos relevantes do fazer científico que possam ser usados, de forma lúdica, em aulas de ciências, favorecendo um ensino menos focado no conteúdo e mais voltado para como o conhecimento é produzido, verificado e corrigido. Acredita-se que um ensino de ciências mais voltado para esses aspectos pode contribuir para uma visada crítica do fazer científico, prevenindo a suscetibilidade a argumentos falaciosos, tanto de cunho tecnocrático quanto pseudocientífico. Essa atitude crítica pode promover um exercício mais pleno da cidadania.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BACHA, M. D. L. A teoria da investigação de CS Peirce. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. São Paulo: PUC, 1997.

BAYM, N. Concepts of the Romance in Hawthorne's America. Nineteenth-Century Fiction, v. 38, n.4, p. 426-443, 1984. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3044748?seq=1#page_scan_tab_contents. Acesso em 06 de abril de 2019.

BIZZO, N. Criacionismo versus Evolucionismo: Literalismo religioso e materialismo darwiniano em questão. Filosofia e História da Ciência, v. 8, n. 2, p. 301-339, 2013. Disponível em: http://www.abfhib.org/FHB/FHB-08-2/FHB-8-2-08-Nelio-Bizzo.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.

BURIAN, R. M. 2013. On Gene Concepts and Teaching Genetics: Episodes from Classical Genetics. Science & Education, v. 22, p. 325–344, 2013. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11191-011-9367-y. Acesso em 06 de abril de 2019.

CASTÉRA, J.; CLÉMENT, P. Teachers’ Conceptions About the Genetic Determinism of Human Behaviour: A Survey in 23 Countries. Science & Education, v. 23, p. 417-443, 2014. Disponível em : https://link.springer.com/article/10.1007/s11191-012-9494-0. Acesso em 06 de abril de 2019.

COSTA, W. L. D.; SANTOS E. G. O detetive metafísico no romance policial pós-moderno: Sherlock Holmes em Michael Hardwick. In: Salão de Iniciação Científica, 7, 2012, Mossoró. Anais, Mossoró: UERN, 2012, p. 1179-1184. Disponível em http://www.uern.br/sic/arquivos/vii_sic_lla.pdf#page=94. Acesso em 06 de abril de 2019.

DENTZ, R. A. Percepção e generalidade em Charles Peirce. Revista eletrônica de filosofia, v. 7, n. 1, p. 19-25, 2010. Disponível em http://www.pucsp.br/pos/filosofia/Pragmatismo. Acesso em 06 de abril de 2019.

DOYLE, A. C. O sinal dos Quatro. In: DOYLE A. C. Sherlock Holmes: obra completa. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016, p. 137-245.

GEWANDSZNAJDER, F. O que é o método científico. São Paulo: Pioneira, 1989.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas SA, 2008.

JUNIOR, R. L. P.; CRESPO, M. R. O método holmesiano de investigação e sua herança na ficção televisiva: os casos de Sherlock e The good wife. Juiz de Fora: Lumina, 2016.

KUHN, T. S. Reflections on my critics. In: LAKATOS, I.; MUSGRAVE, A. Citicism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1972, p. 231-278.

LAKATOS, E. M.; MARCONi, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2003.

LAKATOS, I. Falsification and the methodology of scientific research programmes. In: Lakatos, I.; Musgrave, A. Citicism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1972, p. 91-196.

LONG, D. E. The Politics of Teaching Evolution, Science Education Standards, and Being a Creationist. Journal of Research in Science Teaching, v. 49, n. 1, p. 122–139, 2012. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/tea.20445. Acesso em 06 de abril de 2019.

LOZANO, J. El signo de los tres: Dupin, Holmes, Peirce. Politica y sociedad, v. 6/7, p. 124-125, 1990. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/38819616.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.

MENNA, S. H.(2011) Peirce e o método dos detetives. A Palo Seco-Escritos de Filosofia e Literatura, n. 3, p. 70-76, 2011. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/apaloseco/article/view/5103. Acesso em 06 de abril de 2019.

NICOLAU, M.; ABATH, D.; LARANJEIRA, P. C.; MOSCOSO, T.; MARINHO, T. & NICOLAU, V. Comunicação e Semiótica: visão geral e introdutória à Semiótica de Peirce. Revista Eletrônica Temática, v.6, n. 8, 2010. Disponivel em https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/40502733/Comunicacao_e_Semiotica.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1554593050&Signature=B1hsixFSEDE6TYSItwRvQozuT%2FQ%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DComunicacao_e_Semiotica.pdf. Acesso em 06 de abril de 2019.

PIGNATARI, D. Semiótica e Literatura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2014.

POPPER, K. Ciência: Conjecturas e Refutações. In: POPPER, K. Conjecturas e Refutações. Brasilia: Editora da Universidade de Brasilia, 1982, p. 63-88.

SCOTT, E. C.; BRANCH, G. Evolution: what’s wrong with ‘teaching the controversy’. Trends in Ecology & Evolution, v. 18, n. 10, p. 499-502, 2003. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169534703002180. Acesso em 06 de abril de 2019.

SEBEOK, T. A. & UMIKER-SEBEOK, J. Sherlock Holmes y Charles S. Peirce: El método de la investigación. Barcelona: Letra e, 1987.

SOUZA, F.; WINTER, Y.; FEITAL, Y.; PINHEIRO, C. H. Sherlock Holmes: Semioticista por Excelência?. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 40, 2017, Curitiba. Anais, Curitiba: Intercom, 2017.

##submission.downloads##

Publicado

2019-07-29

Como Citar

Duarte, M. R., Gonçalves, T. R. F., & Silva, E. P. (2019). O MÉTODO INVESTIGATIVO DE SHERLOCK HOLMES EM “O SINAL DOS QUATRO”: LIÇÕES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS. RevistAleph, (32), 65-80. https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i32.39307