O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-202012107Palavras-chave:
mito luso-brasileiro, São Tomé, Sumé, período colonial, século XVIResumo
Sérgio Buarque de Holanda, em Visão do Paraíso, afirma que o mito de São Tomé é o único mito da conquista de procedência luso-brasileira. Diferentemente do mundo castelhano, que se orientou, desde as primeiras cartas de Colombo, por questões imaginárias relativas à ideia de Paraíso terreal, de fonte da juventude, de amazonas e seus tesouros, do Rei branco e suas montanhas de ouro, o mundo português se nutriu mais modestamente e de forma especial do imaginário em torno da mitologia de São Tomé e de sua passagem pelo mundo. No Brasil, lê-se já nas primeiras cartas de Manuel da Nóbrega o termo ‘Sumé” para designar a figura de Tomé e fazer referência a pegadas humanas e a um misterioso mensageiro de verdades sobrenaturais que estabelece a comunicação entre Brasil e Índia, e dessas regiões com o mundo católico-português. O mito de Tomé ou Sumé funcionaria, assim, como uma solução histórica ou uma tentativa intelectual e imaginária de ligar o Brasil à Ásia e ambos à cosmologia cristã.
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