Moldar e modular: penalidade e abolicionismos nas sociedades de controle
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-202416207Palavras-chave:
penalidade, abolicionismos, sociedades de controle, monitoramento eletrônico, prisãoResumo
Este ensaio problematiza as transformações da penalidade nas sociedades de controle. Para tanto, reconstrói a hipótese, corrente na literatura contemporânea, de que vivemos uma era carcerária. O problema é que essa hipótese toma a prisão disciplinar como modelo dos controles, imaginando a economia da penalidade como uma invariante histórica. Como resultado, descreve as formações sociais contemporâneas como “prisões portáteis”, “capitalismo carcerário”, “sociedades carcerárias a céu aberto”. Visando a corrigir o que cremos ser um mal-entendido, propomos uma releitura dos principais aportes do debate sobre as sociedades de controle para reposicionar tanto o sentido da penalidade nessas formações sociais emergentes, quanto para retomar o debate abolicionista, de maneira historicamente situada, sobre a obsolescência das prisões.
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