Narrativa, tempo e memória: subjetividades sobre vacina e seus efeitos políticos na saúde
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-202416309Palavras-chave:
política, narrativas, comunicação, subjetividade, covid-19Resumo
Narrativas são produzidas, postas em circulação e servem de referências para que atores sociais deem sentidos às suas ações. A partir desse circuito comunicacional e da forma como a chamada mídia comercial constroi seus enunciados, tem nos interessado observar como vem sendo construídos os sentidos sobre a vacina e a vacinação, compulsória ou não, que circularam durante a pandemia de covid-19 nos jornais Correio Braziliense, O Globo e O Estado de São Paulo e o quanto tais sentidos estão imersos – e em que medida podem ser assim compreendidos – num campo de disputas. Compreendido tal processo desde o campo da Comunicação e Saúde, torna-se possível identificar traços, pistas, sinais de um complexo jogo que se estabelece em torno da forma como o direito à saúde pode ser exercido. Com essas estratégias narrativas, entrelaçadas com o tempo e com a memória, configuram-se formas de ação no mundo cujas marcas se mostram muito longevas. Ao nos servimos do paradigma estético-expressivo na identificação de tais características, torna-se possível compreender que recorrer a determinado imunizante em detrimento de outros é menos que uma simples escolha individual. Antes, um efeito da forma como a saúde e, principalmente, o Sistema Único de Saúde brasileiro vem sendo apresentado há quase quatro décadas.
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