Dostoiévski, Machado de Assis e o ‘Que fazer” do fim da servidão e da escravidão

Auteurs

  • Ana Carolina Huguenin Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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https://doi.org/10.15175/1984-2503-20168207

Mots-clés:

Abolição, modernidade, História e Literatura, Dostoiévski, Machado de Assis

Résumé

No Brasil e na Rússia oitocentistas projetos modernizantes conviveriam com as heranças do trabalho servil e escravo. Enquanto no primeiro país parte da intelligentsia reagiria à Emancipação através do encaminhando de propostas revolucionárias – entre as quais aquelas apresentadas no romance ‘O que fazer”, de N. Tchernichévski –, no Brasil, parte da elite intelectual se engajou na propagação de teorias de cunho racialista e conservador. Em período de redefinições, na emergência de diferentes projetos de futuro e olhares reapropriadores do passado, dois dos maiores nomes da literatura de ambos os países – Machado de Assis e Dostoiévski – formularam contundentes expressões literárias a respeito dos contextos históricos nos quais se inseriam, marcados pela abolição, respectivamente, dos regimes de trabalho escravo e servil. Dostoiévski se envolveria em polêmicas, através do exercício literário e jornalístico, com a esquerda intelectual adepta da ação direta, os chamados ‘niilistas” russos. Machado polemizaria com os adeptos da modernização excludente, apoiada em noções biologizantes e sua aplicação à sociedade. Ambos os autores deixaram registros críticos e elaborações literárias das consequências advindas de diferentes processos abolicionistas.

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Biographie de l'auteur

Ana Carolina Huguenin, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2011). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: História e Literatura, Cultura e sociedade russas, História da Europa Contemporânea.

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Publiée

2016-05-28