JOVENS ATIVISTAS DAS PERIFERIAS: EXPERIÊNCIAS E ASPIRAÇÕES SOBRE O MUNDO DO TRABALHO

Autores

  • Maria Carla Corrochano
  • Raquel Souza
  • Helena Abramo

DOI:

https://doi.org/10.22409/tn.17i33.p29373

Palavras-chave:

Jovens, Ação Coletiva, Trabalho, Educação

Resumo

O artigo evidencia como experiências de trabalho, formação e ação coletiva afetam as percepções e aspirações de jovens ativistas sobre o trabalho. Baseia-se em pesquisa qualitativa realizada com participantes de coletivos juvenis de quatro regiões metropolitanas do Brasil. Ainda que o trabalho não figure como eixo central de suas experiências de ação coletiva, está presente em seu universo de preocupações e demandas. Suas vivências possibilitam a crítica das ocupações disponíveis para as jovens gerações e a busca por percursos profissionais aliados à transformação da realidade em que vivem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAMO, Helena W. Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Scritta,1994.

ALMEIDA, W. O Prouni e o ensino superior lucrativo em São Paulo: uma análise sociológica. São Paulo: Musa, 2014.

BENEVIDES, M.R.T. O trabalho “flexível” no call center: da oportunidade à descartabilidade. In: Anais do IV Simpósio Lutas Sociais na América Latina, Londrina, 2010.

BOURDIEU, P. A “juventude” é só uma palavra. In: BOURDIEU, P. Questões de sociologia. Lisboa: Fim do Século, 2003, p. 151-62.

BRASIL. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. IBGE. Brasília: 2018. Disponível em:https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=149. Acesso em 02 de fev. 2019.

BRINGEL, B.; PLEYERS, G. Junho de 2013... dois anos depois. Nueva Sociedad (especial em português), out. 2015. Disponível em: http://nuso.org/articulo/junho-de-2013-dois-anos-depois/. Acesso em 30 de jan. 2019.

CABANAS, P.; KOMATSU, B.; MENEZES FILHO, N. O crescimento da renda dos adultos e as escolhas dos jovens entre estudo e trabalho. São Paulo: Insper/Centro de Políticas Públicas, 2015.

CARVALHO, C. A política pública para a educação superior no Brasil (1995-2008): ruptura e/ou continuidade? 457 f. Tese (Doutorado), Instituto de Econômia –UNICAMP, Campinas, 2011.

CORROCHANO, M.C. O trabalho e sua ausência: narrativas juvenis na metrópole. São Paulo: Annablume, 2012.

__________________; DOWBOR, M.; JARDIM, F. Juventude e participação política no Brasil do século XXI: quais horizontes? Laplage em Revista. v. 4, n. 1, p.50-66, jan./abr. 2018.

__________________; ABRAMO, H.W.; ABRAMO, L. O trabalho juvenil na agenda pública brasileira. Revista Latinoamericana de Estudios del trabajo. Buenos Aires: v. 22, n. 35, p. 135-169, jan. 2017. Disponível em: http://alast.info/relet_ojs/index.php/relet/article/view/289/233. Acesso em 10 de fev. 2019.

CORSEUIL, C.H. A rotatividade dos jovens no mercado de trabalho formal brasileiro. In: CORSEUIL, C.H.; BOTELHO, R.U.(Orgs.). Desafios à trajetória profissional dos jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Ipea, 2014.

CORTI, A.P.; CORROCHANO, M.C.; SILVA, J.A. “Ocupar e resistir”: a insurreição dos estudantes paulistas. Educação e Sociedade, v. 37, n. 137, p. 1159-1176, out. 2016.

DEMAZIÈRE, D.; DUBAR, C. Analyser les entretiens biographiques: l’exemple des récits d’insertion. Paris: Nathan, 1997.

DUBET, F. Le déclin de l’institution. Paris: Ed. Seuil, 2002.

FERREIRA, V.S. Ser DJ não é só soltar o play: a pedagogização de uma nova profissão de sonho. Educação & Realidade, [s.l.], n. 58, p. 71-108, set. 2008.

_____________. Milênios, gerações e geracionismos: pistas de um processo de transição geracional. In: FERREIRA, V.S.; LOBO, M.C.; ROWLAND, J.; SANCHES, E.R. Geração Milênio? Um retrato social e político. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2017, p. 39-78.

FRIGOTTO, G. Juventude, trabalho e educação no Brasil: perplexidades, desafios e perspectivas. In: NOVAES, R.; VANNUCHI, P. (Orgs). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidadania, 2004, p. 180-216.

GOHN, M.G.; BRINGEL, B. Movimentos sociais na era global. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

__________. Jovens na política na atualidade: uma nova cultura da participação. Caderno CRH, Salvador, v. 31, n. 82, p. 117-33, jan./abr. 2018.

GUIMARÃES, N. Trabalho: uma categoria-chave no imaginário juvenil? In: ABRAMO, H.W.; BRANCO, P.P. (Orgs.). Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005, p. 149-74.

_______________; HIRATA, H.; SUGITA, K. Trabalho flexível, empregos precários? Reflexões a guisa de introdução. In:________ (Orgs.). Trabalho flexível, empregos precários? Uma comparação Brasil, França, Japão. São Paulo: Edusp, 2009, p. 9-24.

_______________; MARTELETO, L.; BRITO, M.A. Transições e trajetórias juvenis no mercado brasileiro de trabalho: padrões e determinantes. Brasília: OIT, 2018.

HONNETH, A. A luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.

KAUFMANN, J.-C. L’entretien compréhensif. Paris: Nathan, 1996.

KERGOAT, D. Le care et l’imbricationdesrapportssociaux. In: GUIMARÃES, N.A.; MARUANI, M.; SORJ, B. Genre, race, classe: travailler en France et au Brésil. Paris: Harmattan, 2016, p. 11-23.

LEITE, M.P.; SALAS, C. Trabalho e desigualdade sob um novo modelo de desenvolvimento. Tempo Social, São Paulo, v.26, n.1, p. 87-100, 2014.

LEITE, M.; BONO, A.D. El impacto de la tercerización y la deslocalización en el trabajo de telemarketing: una comparación entre Argentina y Brasil. Cadernos CHR, Salvador, v. 30, n. 79, p. 51-68, jan./abr. 2017.

LIMA, J. (Org.). Outras sociologias do trabalho: flexibilidade, emoções e mobilidades. São Paulo: EdUFSCAR, 2013.

LIMA, M.; PRATES, I. Desigualdades raciais no Brasil: um desafio persistente. In: ARRETCHE, M. Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. São Paulo: Ed. UNESP, 2015, p. 163-92.

MARTUCCELLI, D. Cambio de rumbo: la sociedad a escala del individuo. Santiago: LOM Ediciones, 2007.

MELUCCI, A. A invenção do presente. Petrópolis: Vozes, 2001.

MÉSZÁROS, I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002.

MARTINS, M.F.; GROPPO, L.A.; BARBOSA, J.R. Apresentação do dossiê temático: movimentos sociais conservadores e educação. Crítica Educativa, Sorocaba, v. 4, n. 2, p. 3-6, set./out. 2018.

MOEHLECKE, S. Fronteiras da igualdade no ensino superior: excelência e justiça. 231 f. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação –USP, São Paulo, 2004.

NASCIMENTO, É.P. Vozes negras e periféricas na literatura: pode o Estado amplificá-las? In: Silva, C. (Org.). Africanidades e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas. Brasília: Ministério da Cultura/Fundação Palmares, 2014.

NONATO, S.P. Jovens [em] cena no palco da vida: percursos de individuação no entrecruzamento do mundo do trabalho com os processos de escolarização. 2019. 439 f. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.

PAIS, J.M. A esperança em gerações de futuro sombrio. Estudos Avançados, São Paulo, v. 26, n. 75, p. 267-80, ago. 2012.

PLEYERS, G.; BENAVIDES, A.Á. La producción de la sociedad a través de los movimentos socials. Revista Española de Sociologia, Madri, n. 27, p. 1-9, 2018.

REGUILLO, R. Emergencia de culturas juveniles: estrategias del desencanto. Colombia: Norma, 2003.

____________. Paisajes insurrectos: jovenes, redes y revueltas en el otoño civilizatorio. México: Ed. NED, 2017.

SILVA, F. A. Coletivos juvenis e transição para a vida adulta: desafios vividos por jovens da cidade de São Paulo. 2018. 230 f. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação –USP, São Paulo, 2018.

SILVA, M.M. Inserção profissional de jovens: o circuito fechado da precarização. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 23, n. 3, p. 177-194, set. 2014.

SOARES, A. Tão longe, tão perto: o trabalho no setor de serviços. Revista Latino Americana de Estudos do Trabalho. Ano 16, n. 26, p. 89-117, 2011.

SOUZA, R. E depois da escola? Desafios de jovens egressos do ensino médio público na cidade de São Paulo. 2018. 353 f. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação –USP, São Paulo, 2018.

SPOSITO, M.P. Algumas reflexões e muitas indagações sobre as relações entre juventude e escola no Brasil. In: ABRAMO, H.W.; BRANCO, P.P.M. (Orgs). Retratos da juventude brasileira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidadania, 2005, p. 87-127.

SPOSITO, M.P. Ação coletiva, jovens e engajamento militante. In: CARRANO, P.; FÁVERO, O. Narrativas juvenis e espaços públicos: olhares de pesquisa em educação, mídia e ciências sociais. Niterói: UFF, 2014. p. 97-130.

_____________; SOUZA, R.; SILVA, F.A. A pesquisa sobre jovens no Brasil: traçando novos desafios a partir de dados quantitativos. Educação e Pesquisa, [s.l.], v. 44, p.1-24, dez. 2017.

TARABOLA, F. Aspirantes: desafios de estudantes da USP egressos de escolas públicas no contexto do novo tensionamento político-social brasileiro. 2015. 417 f. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação –USP, 2017.

TARTUCE, G. Jovens na transição escola-trabalho: tensões e intenções. São Paulo: Annablume, 2010.

TOMMASI, L; VELAZCO, D. A produção de um novo regime discursivo sobre as favelas cariocas e as muitas faces do empreendedorismo de base comunitária. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 56, p. 15-42, jun. 2013.

Downloads

Publicado

2019-07-04

Como Citar

Corrochano, M. C., Souza, R., & Abramo, H. (2019). JOVENS ATIVISTAS DAS PERIFERIAS: EXPERIÊNCIAS E ASPIRAÇÕES SOBRE O MUNDO DO TRABALHO. Revista Trabalho Necessário, 17(33), 162-186. https://doi.org/10.22409/tn.17i33.p29373

Edição

Seção

Artigos do Número Temático