A TERRA EM PANDEMIA: POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS E SUAS (DERRADEIRAS?) INFÂNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22409/tn.v18i37.46278Palavras-chave:
pandemia, povos originários, infânciasResumo
Inscrito no sofrimento da atual pandemia causada pelo coronavírus, este texto traz reflexões sobre relações entre seres humanos e natureza, sobretudo em referência aos povos originários do Brasil, com atenção especial voltada às suas infâncias. Tratamos conceitualmente da dicotomia natureza-humano, própria de nossa cultura ocidental, sob a ótica crítica da ecologia política e na busca de aproximação com teóricos da biofilia e da noção de sociobiodiversidade. A partir da percepção de proximidade entre as visões de mundo de Spinoza e de povos originários brasileiros, afirmamos a necessidade de aprender com os povos indígenas a cuidar das crianças e, simultaneamente, do planeta.
Downloads
Referências
ABRAMOWICZ, A. Introdução - panorama atual da Educação Infantil: suas temáticas e políticas. In: ABRAMOWICZ, A.; HENRIQUES, A. C. (Org.). Educação Infantil: a luta pela infância. - Campinas, SP: Papirus, 2018. p. 13-51.
ARROYO, M. G.; VIELLA, M. A. L.; SILVA, M. R. (Org.). Trabalho infância: exercícios criativos de ser criança: haverá espaço na agenda pedagógica? Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
BERGAMASCHI, M.A..A criança guarani: um modo próprio de aprender. In: URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org.). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011. p. 131-152.
BRANDT, A. J. A criança guarani em contexto de rápidas mudanças. IN: URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011. p. 113-130.
BRASIL. Resolução CNE nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, 2012a. Disponível em: <http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/conteudo/iv-cnijma/diretrizes.pdf> Acesso em: 15 jan. 2019
_______. Ministério da Educação. Resolução nº 1, 30 de maio de 2012. Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, 2012b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp001_12.pdf> Acesso em: 15 jan. 2019.
_______. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/CNE/SEB, 2009. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192> Acesso em 15 jan. 2019.
_______. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
_______. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em: 15 jan. 2019
CARREIRO, H. J. S.; TAVARES, M. T. G. Apresentação. In: ________. Estudos e pesquisas com o cotidiano das infâncias e periferias urbanas. São Carlos: Pedro & João Editores, 2018, p.23-39.
CLASTRES, Pierre, La société contre l’Etat: recherches d’anthropologie politique. Paris: Éditions de Minuit, 1974.
CRUZ, V. C. Povos e comunidades tradicionais. In: CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G. (Org.). Dicionário da educação do campo. Rio de Janeiro/São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Expressão Popular, 2012. p. 524-600.
DAMÁSIO, A. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo, Companhia das Letras, 2004.
DELEUZE, G. Espinosa, filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.
DIEGUES, A.C. (Org.). Os Saberes tradicionais e a biodiversidade no Brasil. São Paulo: Núcleo de Pesquisas sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras da Universidade de São Paulo (NUPAUB-USP); Brasília: Coordenadoria da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (COBIO-MMA), 2001.
FEDERICI, S.; FEDERICI, S. Mulheres e caça às bruxas: da idade média aos dias atuais. São Paulo: Boitempo, 2019.
FROMM, E. The Anatomy of Human Destructiveness. New York: Holt, Rinehart &; Winston, 1973.
GLEIZER, M. Espinoza e a afetividade humana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
GOMES, A.N.R.; SILVA, R.C; DINIZ, L. Infância Indígena, escolarização e globalização: uma análise a partir da experiência das escolas indígenas em Minas Gerais. In: URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org.). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011. p. 227-267.
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: Cartografias do Desejo. Petrópolis, Vozes, 1986.
KEHL, M. R. Violação de direitos humanos dos povos indígenas. Disponível em <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4469887/mod_resource/content/1/Volume%202%20-%20Texto%205%20-%20Povos%20Indi%CC%81genas%20na%20CNV.pdf> Acesso em 20 mai. 2020.
LANDA, B.S.L. Crianças Guarani: atividades, usos do espaço e a formação do registro arqueológico. IN: URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org.). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011. p. 45-74.
LATOUR, Bruno. Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia. Bauru: Edusc. 2004.
LEROI-GOURHAN. A. Evoluções é Técnicas. O homem e a matéria. Lisboa: Edições 70, 1971.
MATURANA, H. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento. Campinas: Editorial Psy II, 1995.
MIES, M.; SHIVA, V. Ecofeminismo: teoria, crítica y perspectivas. Barcelona: Icaria editorial, 1997.
MUNIZ, L. M. Ecologia Política: o campo de estudo dos conflitos sócio-ambientais. Revista Pós Ciências Sociais v.6, n.12, 2009. p. 181-196.
PANCERA, C. Semânticas da Infância. In: Perspectiva: A modernidade, a infância e o brincar. Florianópolis, UFSC/CED, NUF, n. 22, 1994. p. 97-104.
PEREIRA, B. E.; DIEGUES, A. C. Conhecimento de populações tradicionais como possibilidade Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 22, 2010. p. 37-50.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 7ª ed, - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
PROFICE, C. Crianças e natureza: reconectar é preciso. São Paulo: Pandorga, 2016.
PROFICE, C. Nature as a living presence: Drawings by Tupinambá and New York Children. PLoS ONE, v. 13, n. 10, 2018. p. 1-15.
PROFICE, C. SANTOS, G. H. De grumetes a Kunumys - estilos de infâncias brasileiras. História da Educação, v..21, n.53, 2017. p.307-325.
REZENDE, J.S. Crianças Indígenas de Iauareté: fortalecimento das identidades e diferenças. In: URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org.). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011. p. 269-283.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2010.
SILVA, A.L.; NUNES, A.; MACEDO, A.V.L.S. (Org.). Crianças Indígenas, Ensaios Antropológicos. São Paulo, Global, 2002.
SILVA, A. M. M.; TIRIBA, L. (Org.). Direito ao ambiente como direito à vida: desafios para a educação em direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2014.
SPINOZA, B. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
TASSINARI, A. Concepções indígenas de infância no Brasil. Tellus, v.7, n. 13, 2007. p. 11-25.
TIRIBA, L. Educação infantil como direito e alegria: em busca de pedagogias ecológicas, populares e libertárias. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz & Terra, 2018a.
_______ . Crianças, natureza e educação infantil. Tese de Doutorado, Departamento de Educação, PUC-RIO, 2005.
TIRIBA, L.; PROFICE, C. O direito humano à interação com a natureza. In: REIS, M.; XAVIER, M. C.; SANTOS, L. (Org.). Crianças e infâncias: educação, conhecimento, cultura e sociedade. São Paulo: Annablume, 2012.p. 122-135.
TIRIBA, L.; VOLLGER, A; PEREIRA, J; CORTAT, R; SILVA, P. Brincando com a natureza, na aldeia e na cidade: em busca de uma pedagogia nossa. In: MORO, C. & SOUZA, G. (Org.). Educação Infantil: Construção de Sentidos e Formação. Curitiba: NEPIE/UFPR, 2019. p. 195-218. Disponível em: <https://issuu.com/nepie.ufpr/docs/ebook>
URQUIZA, A.M.; NASCIMENTO, A.; VIEIRA, C. (Org.). Criança indígena, diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro, 2011.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1989.
WILSON, E. Biophilia. Massachusetts: Harvard University Press, 1984.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
Esta Revista é licenciada por Creative Commons (Atribuição 4.0 Internacional).
O processamento e a publicação dos trabalhos não implicam em nenhum tipo de custo para os autores.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Esta revista es licenciada por Creative Commons (Atribuición 4.0 Internacional).
Lo procesamiento y la publicación de los trabajos no implica en ninguno tipo de costo para los autores.
Los autores tienen permiso para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar em repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoria y publicación inicial en esta revista.
DECLARATION OF COPYRIGHT
The Journal is licensed by Creative Commons (Attribution 4.0 International).
Processing and publication of the work do not imply any cost to the authors.
The authors are allowed to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex.: publish in institutional repository or as a chapter of a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
Termo de Transferência de Direitos Autorais
Como condição para a submissão, os autores devem declarar a autoria do trabalho e concordar com o Termo de Cessão de Direitos Autorais, marcando a caixa de seleção após a leitura das cláusulas.
- Declaro que participei da elaboração do referido artigo / resenhas ou de outros elementos para a composição das seções da Revista TrabalhoNecessário-TN, em parte ou no todo; que não omiti qualquer ligação ou acordo de financiamento entre os autores e instituições ou empresas que possam ter interesses na publicação desse trabalho;
- Declaro tratar-se de texto original, isento de compilação, em parte ou na íntegra, de minha autoria ou de outro(os) autor (es) e que segui(mos) as diretrizes (normas e instruções) para os autores;
- Declaro que o texto não foi enviado a outra revista (impressa ou eletrônica) e não o será enquanto a possibilidade de sua publicação esteja sendo considerada pela Revista Trabalhonecessário;
- Declaro que transfiro os direitos autorais do trabalho especificado para a Revista TrabalhoNecessário, comprometendo-me a não reproduzir o texto, total ou parcialmente, em qualquer meio de divulgação (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), impresso ou eletrônico, sem prévia autorização dessa Revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Declaro que tenho conhecimento que a cessão do texto à Revista TrabalhoNecessário-TN é gratuita e, portanto, não haverá qualquer tipo de remuneração pela sua utilização.