EXTENSÃO RURAL, AGRONEGÓCIO E CONSERVADORISMO: OS LIMITES DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O CAMPO

Autores

Resumo

Esse trabalho discute como a extensão rural pública se encontra, atualmente, impossibilitada de lidar com a diversidade de sujeitos e modos de vida no campo, pois está atrelada ao conservadorismo histórico que converteu sua prática aos interesses do agronegócio e do capital internacional. Assim, mesmo com as modificações ocorridas nessa política pública a partir dos anos 1990, a inadequação teórico-metodológica impossibilitou que a diversificação de públicos fosse refletida na diversidade de formas de trabalho dos extensionistas, mantendo intacta a perspectiva ambiental de seu passado.

Palavras-chave: Extensão Rural, Meio Ambiente, agronegócios.

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Biografia do Autor

José Carlos do Amaral Júnior, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná

Pós-doutorado em Serviço Social e Política Social na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Doutor em Memória: Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia(UESB).

Caroline Becher, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Assistente Social do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PARANÁ).

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Publicado

2022-11-11

Como Citar

Amaral Júnior, J. C. do ., & Becher, C. (2022). EXTENSÃO RURAL, AGRONEGÓCIO E CONSERVADORISMO: OS LIMITES DE UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA O CAMPO. Revista Trabalho Necessário, 20(43), 01-19. Recuperado de https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/54533