CONHECIMENTO ESTÉTICO-ARTÍSTICO NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO: A UTILIDADE DO “INÚTIL”

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/tn.v22i47.60713

Résumé

O artigo visa elucidar parte do retrocesso educacional representado pelo “Novo Ensino Médio” (Lei nº 13.415 de 2017) e, por meio de um debate teórico de inspiração marxista, defender o EMI, considerando o lugar do conhecimento estético-artístico nesse projeto. O conhecimento estético-artístico tensiona a formação humana com vistas a construção do sujeito omnilateral na medida em que pode atritar com as investidas conservadoras do empresariado tendo como alvo o último ciclo do Ensino Básico. Deste modo, afirma-se a utilidade do conhecimento tido como “inútil”

Palavras-chave: Ensino Médio Integrado; Conhecimento estético-artístico; formação omnilateral

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Carlos de Souza, Instituto Federal de Minas Gerais

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espirito Santo (PPGE/UFES). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2011). Atualmente é professor de Educação Física no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Ouro Branco.

Sandra Soares Della Fonte, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2020) e doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006); professora da UFES desde 1997; professora colaboradora do Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades (Ifes, campus Vitória) e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFES.

Références

BAUMGARTEN, A. G. Estética: a lógica da arte e do poema. Petrópolis: Vozes, 1993.

BIELINSKI, A. C. Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro - dos pressupostos aos reflexos de sua criação - de 1856 a 1900. 2003. 215f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) - UFRJ, Rio de Janeiro.

BRASIL. Medida Provisória nº 746. Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as educações nacionais, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Setembro de . 2016.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de fevereiro de 2017.

BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Diário Oficial da União, 26 de jul. 2004. Brasília. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm > Acesso em 21 de outubro de 2020.

BRASIL. Lei no. 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União, 30 de dezembro de 2008.

CARVALHO, M. A. M. de. Nilo Peçanha e a criação das Escolas de Aprendizes e Artífices no contexto da Primeira República (EAAs): 1910-1914. In: Anais da 7ª Conferência Internacional de História de Empresas e IX Encontro de Pós-Graduação em História Econômica. Ribeirão Preto: USP/ABPHE, 2019.

CUNHA, L. A. O ensino de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil escravocrata. São Paulo: Ed. Unesp; Brasília: Flacso, 2000.

DELLA FONTE, S. S. Formação omnilateral e a dimensão estética em Marx. Curitiba: Appris, 2020.

FERREIRA, E. B. A contrarreforma do ensino médio no contexto da nova ordem e progresso. Educação e Sociedade. Campinas, v. 38, n. 139, p.293-308, jun. 2017.

FRIGOTTO, G. Teoria e práxis e o antagonismo entre a formação politécnica e as relações sociais capitalistas. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, suplemento, p. 67-82, 2009.

FRIGOTTO, G. Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio. In: RAMOS, M. N.; FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. (org.). Ensino Médio Integrado: concepção e contradições. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 57-82.

FRIGOTTO, G. Produção de conhecimentos de ensino médio integrado: dimensões epistemológicas e político-pedagógicas, Rio de Janeiro, 3 e 4 de setembro de 2010; Organização de GT Trabalho e Educação da Anped; Projetos Integrados (UFF, Uerj, EPSJV/Fiocruz); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz. – Rio de Janeiro: EPSJV, 2014.

IOSCHPE, G. Na educação, a esquerda é elitista. Revista Veja, São Paulo, n. 2176, p. 140, 4 de agosto de 2010.

IOSCHPE, G. A utopia sufoca a educação de qualidade. Revista Veja, São Paulo, 2012.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

MEC, 2023. Portaria nº 399, de 08 de março de 2023. Diário Oficial da União, 9 de mar. de 2023. Brasília.

MORAES, M. C. de. Recuo da teoria: dilemas na pesquisa em educação. Revista Portuguesa de Educação, Universidade do Minho, Braga, Portugal, v. 14, n. 1, p. 7-25, 2001.

ORDINE, N. A utilidade do inútil: um manifesto. Tradução: Luiz Carlos Bombassaro. São Paulo: Zahar, 2016.

SALLES BOTTI, I. O quão útil é o conhecimento inútil? Considerações filosóficas e históricas sobre a importância social de atividades epistêmicas. Pólemos – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília. Brasília, v. 9, n. 18, p. 391 – 416, 2020.

SINGER, A. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

VÁZQUEZ, A. S. As ideias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia da Arte. Traduzido do original em russo por Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Publiée

2024-02-22