Organização: Eliany Salvatierra (UFF), Gabriela Borges (Universidade do Algarve/PPGCOM-UFJF), Lisbeth Oliveira (UFG) e Rodrigo Morelato (UFSB).

Nova data limite de envio dos textos: 28 de abril de 2025.

Entendemos o Audiovisual como campo que envolve a criação, a circulação e o consumo de imagens e sons, em que incide propostas estéticas e políticas.

Compreendemos por “saberes locais” os conjuntos de conhecimentos, práticas, atitudes, habilidades e experiências que se produzem e partilham de maneira banal em nossa vida corrente. Historicamente desvalorizados ao longo da trajetória do pensamento ocidental, que busca se legitimar como universal, os saberes locais ganham visibilidade com a virada epistemológica dos estudos do cotidiano, que possibilitou outras formas de entendimento sobre as práticas sociais e a multiplicidade cultural.

Embora os saberes locais tenham seu espaço privilegiado de produção, reprodução e consumo nas relações interpessoais, o século XXI tem alargado seus modos de fazer: são transmitidos, hoje, nas redes sociais, nas escolas e através das produções audiovisuais, devido à sua relevância para a aprendizagem e ao seu significado cultural.

Deste modo, o entendimento dos conhecimentos locais carrega consigo a valorização da diversidade cultural e epistemológica que habita nossas sociedades; e confere especial atenção à indissociabilidade entre o fazer audiovisual e os processos vinculativos entre pessoas e territórios.

Para esta chamada da Revista A Barca, propomos o entrecruzamento entre os campos do Audiovisual e dos estudos do cotidiano, buscando, assim, relatos que persigam esse entrecruzamento como uma forma de resistência social, cultural, artística e política ativa.

É com imenso prazer que convidamos os/as pesquisadores/as do campo do audiovisual a apresentarem artigos que sejam fruto de pesquisa e ensaios para o segundo número da Revista A Barca de 2025, que será lançada em dezembro. Segue a chamada à submissão de artigos para reflexões que proponham discussões sobre o audiovisual e saberes locais (embora não exclusivamente) segundo os eixos:

  1. Análises de filmes e/ou outras produções audiovisuais que explorem aspectos do cotidiano do Sul Global;
  2. Criação, circulação e consumo do audiovisual em contextos de populações tradicionais;
  3. O recurso ao audiovisual enquanto processo vinculativo comunitário; como ferramenta de conexão e fortalecimento;
  4. Processos de sistematização de saberes locais que se utilizem do audiovisual;
  5. Aspectos pedagógicos da criação audiovisual sobre temas correlatos. Práticas pedagógicas presentes na criação audiovisual para e com o processo de ensino-aprendizagem;
  6. O futuro do audiovisual diante das experiências imersivas e o desafio da inteligência artificial na criação de conteúdo e na otimização dos processos criativos.

As normas de publicação da revista A barca podem ser encontradas em Submissões

Quaisquer dúvidas, escrever para abarcarevista@gmail.com