Avaliação da presença de indígenas no curso de medicina sob a ótica de indígenas discentes, não indígenas e docentes de uma universidade na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i3.a48522Palavras-chave:
povos indígenas, estudantes de medicina, docentes de medicina, educação superior, cultura indígenaResumo
O presente estudo teve como objetivo analisar a presença indígena no curso de medicina, sob a ótica dos indígenas discentes, dos não indígenas e dos docentes de um curso de medicina de uma Universidade Federal na Amazônia. Trata-se de um estudo quantitativo, prospectivo transversal, descritivo, realizado no estado do Pará, em Belém, na Universidade Federal do Pará. Foram utilizados 3 formulários acerca da presença dos indígenas discentes no curso de medicina, um para cada população analisada (indígenas discentes, discentes não indígenas e docentes), as variáveis categóricas foram descritas na forma de frequências relativa e absoluta e utilizou-se o Teste Exato de Fisher para comparação estatística, adotando nível de significância de p ≤ 0,05. Avaliou-se 162 questionários, sendo 18 de indígenas discentes, 128 de discentes não indígenas e 34 de docentes. O estudo revelou que as três populações apresentam opiniões ora divergentes, ora convergentes, evidenciando impactos negativos na formação dos indígenas discentes que, por vezes, não são percebidos pelos discentes não indígenas e pelos docentes, tornando a vivência e a permanência dos indígenas discentes no ensino superior mais desafiadora. Por fim, constata-se que, ainda, que existam métodos de ingresso dos indígenas no ensino superior, as instituições, os docentes e os discentes, em sua maioria, não estão totalmente preparados para acolher esses povos e sua diversidade.
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