Infecções Sexualmente Transmissíveis na Perspectiva da Prática Educativa em Saúde de Professores
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i1.a42493Palabras clave:
educação em saúde;, ciências;, biologia;, IST;, prática profissionalResumen
Considerando o impacto das infecções sexualmente transmissíveis (IST) na saúde pública, a educação em saúde assume um papel relevante na promoção da saúde, principalmente na escola pela vulnerabilidade dos adolescentes e jovens a essas infecções. Nesse contexto, este trabalho buscou analisar como professores de Ciências e Biologia compreendem sua prática educativa no âmbito da saúde sexual e reprodutiva, com destaque para as infecções de transmissão sexual. Norteado pelo estudo qualitativo, as percepções de profissionais de escolas públicas de um município de Alagoas, foram obtidas através de questionário semiestruturado. Um corpus textual monotemático foi organizado e processado no programa Iramuteq, sendo submetido à classificação hierárquica descendente, seguido da análise e discussão das categorias temáticas obtidas. A prática educativa em saúde dos professores investigados apresentou maior aproximação ao modelo educativo em saúde tradicional, mas, permeada por uma prática dialógica ainda incipiente. Houve destaque ao trabalho educativo sobre IST, com utilização de ferramentas de ensino diversificada, comprometimento e empenho dos professores em executar essa tarefa. No entanto, foram identificadas limitações e fragilidades que apontam para a necessidade de se investir no fortalecimento das práticas educativas em saúde que favoreçam a comunicação dialógica, assim como, na maior apropriação e aplicabilidade dos conhecimentos sobre IST pelos professores.
Descargas
Citas
ALVES, Gehysa Guimarães.; AERTS, Denise. As práticas educativas em saúde e a Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, v.16, n. 1, p.319-325, 2011. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000100034
BESERRA, Eveline Pinheiro. et al. Pedagogia freireana como método de prevenção de doenças. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16 (Supl. 1), p. 1563-1570, 2011. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000700092
BEZERRA, Maria Lusia de Moraes. Belo et al. Congenital Syphilis as a Measure of Maternal and Child Healthcare, Brazil. Emerging infectious diseases, v. 25, n. 8, p. 1469, 2019. https://doi.org/10.3201/eid2508.180298
BORGES, Ana Luiza Vilela; NICHIATA, Lucia Yasuco Izumi ; SCHOR, Néia. Conversando sobre sexo: a rede sociofamiliar como base de promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Revista Latino-americana Enfermagem, v. 14, n. 3, p. 422-7, 2006. https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000300017
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde. Brasília (Brasil): MEC/SEF; p. 244-284, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf Acesso em 20 Fev. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. HIV/Aids, hepatites e outras DST. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. 197 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 18) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad18.pdf Acesso em 18 Dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Diário Oficial [da] república Federativa do Brasil, seção 1, n. 108, p. 67-69, 2014. Disponível emhttp://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/PORTARIA1271de06_06_2014__LISTANACDENOTIFCOMPULSoRIA.pdf Acesso em 22 jan. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Prevenção Combinada do HIV - Bases conceituais para profissionais, trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: file:///E:/documentos/downloads/prevencao_combinada_-_bases_conceituais_web%20(1).pdf. Acesso em 20 Fev. 2019.
CAMARGO, Brigido Vizeu; JUSTO, Ana Maria. Tutorial para uso do software de análise textual IRAMUTEQ. Universidade Federal de Santa Catarina [Internet], 2016. Disponível em: http://www.iramuteq.org/documentation/fichiers/Tutorial%20IRaMuTeQ%20em%20portugues_17.03.2016.pdf Acesso em 01 Mai. 2020
FIGUEIREDO, Maria Fernanda Santos; RODRIGUES-NETO, João Felício; LEITE, Maísa Tavares Souza. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde: [revisão]. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n.1, p.117-121. 2010. Disponível em https://www.scielo.br/j/reben/a/7n4TzNBqQSnG58vxZ3MhJVR/?format=pdf&lang=pt Acesso em 01 Mai. 2020
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987.
GONÇALVES, Angélica Martins de Souza. et al. Avaliação da capacitação em intervenções breves para professores: contribuições da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, 2020. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0108
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais Anísio Teixeira. Censo escolar – mapa das escolas. Inep Data - Consulta de Informações Educacionais. 2017. Disponível em: http://inepdata.inep.gov.br/analytics/saw.dll?Dashboard. Acesso em 24 Set. 2017.
JOURDAN, Didier et al. Factors influencing the contribution of staff to health education in schools. Health Education Research. v. 25, n. 4, p. 519-30, 2010. https://doi.org/10.1093/her/cyq012
LIMA, Dartel Ferrari de; MALACARNE, Vilmar; STRIEDER, Dulce Meria. O papel da escola na promoção da saúde - Uma mediação necessária. EccoS Revista Científica, n. 28, p. 191 -, 2012. https://doi.org/0.5585/EccoS.n28.3521
LINDSTRÖM, Bengt. Workshop salutogenesis and the future of health promotion and public health. Scandinavian Journal of Public Health, v. 46, n. 20 (suppl.), p. 94-98, 2018. https://doi.org/10.1177/1403494817743902
MARINHO, Julio Cesar Bresolim, DA SILVA, João Alberto; FERREIRA, Maira. A Educação em Saúde como proposta transversal: analisando os Parâmetros Curriculares Nacionais e algumas concepções docentes. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 22, n. 2, p. 429-443, 2015. https://doi.org/10.1590/S0104-59702014005000025
MINAYO, Maria Cecília. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
MIRANDA, Jean Carlos; GONZAGA, Glaucia Ribeiro; PEREIRA, Patricia Elias. Abordagem do tema Doenças Sexualmente Transmissíveis, no ensino fundamental regular, a partir de um jogo didático. Acta Biomedica Brasiliensia, v. 9, n. 1, p. 105-121, 2018. https://doi.org/10.18571/acbm.159
MOYNIHAN, Sharon. et al. Teacher competencies in health education: results of a Delphi study. PloS one. v. 10, n. 12, p. e0143703, 2015. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0143703
PEREIRA, A. L. F. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cadernos de Saúde Pública, v.19, n. 5, p.1527-34, 2003.
PINTO, V. M. et al. Fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis: inquérito populacional no município de São Paulo, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 7, p. 2423-2432, 2018.
PORTO, V. B.; ÁVILA, M. M. M. Biólogo Licenciado Profissional de Saúde e a Temática Educação em Saúde. CIAIQ2019, v. 2, p. 734-745, 2019.
RATINAUD, P. IRAMUTEQ: Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires [Computer software], 2009. Disponível em <http://www.iramuteq.org>. Acesso em 11 Nov. 2018.
REINERT, M. Alceste une méthodologie d’analyse des donnés textuelles et une application: Aurelia de Gerard de Nerval. Bulletin of Sociological Methodology, v. 26, n.1, p. 24-54, 1990.
REIS, T. C. et al. Educação em saúde: aspectos históricos no Brasil. Journal of the Health Science Institute, v. 31, n. 2, p. 219-23, 2013.
RIBEIRO V. T.; MESSIAS, C. M. O. A educação em saúde no ambiente escolar: um convite à reflexão. Impulso, v. 26, n. 67, p. 39-52, 2016.
ROSSAROLLA, J. N. et al. A formação de educadores sexuais na licenciatura em Ciências Biológicas do IFRO – Campus Colorado do Oeste/RO. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 13, n. 1, p. 175-189, 2018.
SALCI, M. A. et al. Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas reflexões. Texto Contexto Enfermagem, v. 22, n. 1, p. 224-30, 2013.
SILVA PAIM, Jairnilson. Por um planejamento das práticas de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 4, n. 2, p. 243-324, 1999. Disponível em https://www.redalyc.org/pdf/630/63042994003.pdf Acesso em 01 Mai. 2020
SOUZA, Marli Aparecida Rocha de et al. The use of IRAMUTEQ software for data analysis in qualitative research. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 52, p. e03353, 2018. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017015003353
TURATO, Egberto Ribeiro. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista de Saúde Pública, v. 39, n.3, p. 507-514, 2005. Disponível em https://www.scielo.br/j/rsp/a/qtCBFFfZTRQVsCJtWhc7qnd/?format=pdf&lang=pt Acesso em 01 Mai. 2020
VENTURI, Tiago. Educação em Saúde na Escola: investigando relações entre Professores e Profissionais de Saúde. 2013. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, 2013. Disponível em https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122963 Acesso em 01 Mai. 2020
VENTURI, Tiago; MOHR, Adriana. Análise da Educação em Saúde em publicações da área da Educação em Ciências. In: ENPEC - ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 8, 2011, Rio de Janeiro. Anais...., Rio de Janeiro, p. 1-11, 2011. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/atas_enpec/viiienpec/resumos/R0617-1.pdf. Acesso em: 21 fev. 2019.
VENTURI, Tiago; MOHR, Aadriana. Panorama e análise de períodos e abordagens da Educação em Saúde no contexto escolar brasileiro. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 23, e33376, p.1-25, 2021. https://doi.org/10.1590/1983-21172021230121
VIEIRA, Priscila Mugnai; MATSUKURA, Thelma Simões. Modelos de educação sexual na escola: concepções e práticas de professores do ensino fundamental da rede pública. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 69, p. 453-474, 2017. https://doi.org/10.1590/S1413-24782017226923
WHO. World Health Organization. Global health sector strategy on sexually transmitted infections, 2016–2021: towards ending STIs. Geneva: WHO, 2016. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/246296/WHO-RHR-16.09-eng.pdf;jsessionid=2C87F7DE88BD9B2D11EB597C8AFF6028?sequence=1. Acesso em: 21 Dez. 2018.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Ensino, Saude e Ambiente
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito da primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista.