Atividades digitais durante a pandemia e suas repercussões para o ensino em saúde no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i3.a54143

Palavras-chave:

ensino em saúde, ensino remoto, tecnologias digitais

Resumo

A pandemia pela COVID-19 ocasionou mudanças estruturais em diversas esferas do Brasil e do mundo. A partir da adoção ao isolamento social, as instituições de ensino superior (IES) do país foram obrigadas a suspenderem as aulas práticas, sendo adaptadas para o ensino remoto emergencial. Pensando na importância em identificar os efeitos dessas atividades remotas durante a pandemia e suas repercussões para o ‘pós-pandemia’, o presente trabalho teve como objetivo analisar as repercussões das atividades e tecnologias digitais no ensino em saúde durante a pandemia. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório, apropriando-se do método da revisão integrativa para busca de trabalhos na literatura que apresentassem experiências e reflexões críticas sobre o uso de ferramentas digitais durante o ensino remoto emergencial. Foi feita uma busca nas bases de dados SciELO, LILACS e Portal de Periódicos CAPES, que culminou na amostra final de sete artigos para compor a revisão. Grande parte das experiências apresentadas utilizaram de plataformas de vídeo para aulas e reuniões virtuais, ambientes virtuais de aprendizagem, seminários virtuais, lives, portfólios digitais e outras atividades para suprir e/ou substituir emergencialmente as atividades presenciais. Destaca-se a relevância de diversos fatores que influenciaram na escolha e elaboração dessas atividades, como o tempo para planejamento, condições socioeconômicas dos alunos, diferenças entre ensino privado x público, período de inserção dessas ferramentas. Com todos esses dados, ficou evidente que o ensino remoto emergencial em cursos de saúde foi uma realidade multifatorial, podendo trazer repercussões positivas para o futuro do ensino em saúde nas universidades.

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Biografias Autor

Fernanda dos Santos Nascimento, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil

Licenciada em Biologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia ?UFRB; Mestra em Recursos Genéticos Vegetais pela mesma instituição; Atualmente é Doutoranda em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana, desenvolvendo a pesquisa na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Mandioca e Fruticultura - Embrapa/CNPMF; Exerce atividades na área de fitopatologia, biologia molecular, cultura de tecidos e micropropagação.

Lucas Novais Barros, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil

Mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA). Pós-graduando nos cursos de Psicologia da Saúde (UniBF) e Docência em Ciências da Saúde (UniBF). Bacharel em Psicologia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Foi estagiário em psicologia hospitalar no Hospital Humberto Castro Lima (HHCL), ligado ao Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC). Foi bolsista de iniciação científica CNPq com projeto associado a estratégias de enfrentamento de pessoas LGBTQIA+. Também fez duas iniciações científicas como bolsista e como voluntário, pela EBMSP, associadas a prática da psicologia no contexto da saúde mental e RAPS e suas relações com arte e arteterapia em cidades da Bahia. Participa atualmente do grupo de pesquisa Psicologia, Diversidade e Saúde (EBMSP), linha Memória, Cultura e Subjetividade e de atividades da linha de pesquisa em Psicologia Clínica e Hospitalar. Tem interesse em temas como psicologia da saúde e hospitalar, saúde mental, saúde coletiva e temáticas associadas a interseccionalidade (raça, classe, gênero e sexualidade).

Manassés dos Santos Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil

Bacharel em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Licenciado em Biologia pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Mestre em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Doutor em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) com pesquisa desenvolvida na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Mandioca e Fruticultura (EMBRAPA/CNPMF). Especialista de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) | Docente | Orientador de Trabalho de Conclusão de Cursos de Graduação e Pós-graduação | Editor | Revisor de Periódicos Nacionais e Internacionais | Ampla Experiência em Laboratórios | Vivência dentro de empresas de grande porte | Desenvolve ensino, pesquisa e extensão nas áreas da Biotecnologia, Bioquímica, Biossegurança, Biologia, Educação, EaD, Meio ambiente e Saúde.

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Publicado

2023-06-22

Como Citar

Nascimento, F. dos S., Barros, L. N., & Silva, M. dos S. . (2023). Atividades digitais durante a pandemia e suas repercussões para o ensino em saúde no Brasil. Ensino, Saude E Ambiente, 15(3), 738-754. https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i3.a54143

Edição

Secção

Artigos