Estriagem e alisamento: usinando uma autogestão na fábrica

Autores

  • Luis Artur Costa
  • Anderson Rodrigues Barbieri
  • Cleci Maraschin
  • Jaqueline Tittoni

Palavras-chave:

cooperativism, self-management, work, control societies, resistance.

Resumo

Este artigo versa sobre uma pesquisa realizada em uma antiga fábrica da área da metalurgia a qual se tornou cooperativa após sua falência. Hoje, esta possui 200 cooperativados, a maioria funcionários da antiga fábrica. Traçou-se aqui uma problematização da autogestão no cotidiano do empreendimento, dialogando-se sobre as implicações destas práticas na contemporaneidade. Através de um trabalho de campo, em que se compuseram registros com entrevistas e observações, traçamos uma cartografia dos fluxos do local. Percebemos o quanto os instrumentos ordenadores dos corpos e gestos haviam-se flexibilizado, sem que com isso se obtivesse um deslocamento do modus operandi fabril em sua cisão vertical entre gestão e execução. Pudemos compreender a autogestão enquanto “Fenômeno Fronteiriço” entre a lógica do Capital e a do Bem-Estar-Social e questionar seus diferentes pontos de captura e deslocamento entre estes sistemas. Por fim, contextualizamos as práticas e o conceito de autogestão no contemporâneo com suas relações flexíveis.

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Publicado

2009-02-04

Como Citar

COSTA, L. A.; BARBIERI, A. R.; MARASCHIN, C.; TITTONI, J. Estriagem e alisamento: usinando uma autogestão na fábrica. Fractal: Revista de Psicologia, v. 20, n. 2, p. 447-460, 4 fev. 2009.

Edição

Seção

Artigos