O brincar e a relação objetal no espectro autístico

Autores

  • Ellen Fernanda Klinger Universidade Federal de Santa Maria
  • Ana Paula Ramos de Souza Universidade Federal de Santa Maria

Palavras-chave:

brincar, clínica de linguagem, díade mãe-criança

Resumo

Neste estudo foram investigados aspectos como o uso dos objetos e suas possibilidade de mudança em crianças do espectro autista em terapia fonoaudiológica de concepção Interacionista. Os sujeitos foram três meninos com diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento, suas mães e a fonoaudióloga. Filmaram-se as crianças durante a brincadeira livre no primeiro e décimo mês de terapia. Houve mudanças no brincar e no uso do objeto nos sujeitos. Conclui-se a efetividade da promoção do brincar em terapia, bem como que o conhecimento e a observação dos tipos de objeto e relação objetal é um importante indicador clínico.

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Biografia do Autor

Ellen Fernanda Klinger, Universidade Federal de Santa Maria

Psicóloga. Mestre em Distúrbios da Comunicação Humada (Universidade Federal de Santa Maria). Linha de pesquisa: Linguagem

Especialista em Transtornos do desenvolvimento na infância e na adolescência: abordagem interdisciplinar (Faculdade Dom Alberto)

 

Ana Paula Ramos de Souza, Universidade Federal de Santa Maria

Fonoaudióloga, Doutora em Linguística e Letras pela PUC-RS, Professora adjunta do departamento de fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2013-04-30

Como Citar

KLINGER, E. F.; RAMOS DE SOUZA, A. P. O brincar e a relação objetal no espectro autístico. Fractal: Revista de Psicologia, v. 25, n. 1, p. 191-206, 30 abr. 2013.

Edição

Seção

Relatos de Experiência Profissional

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