La medicalización del sufrimiento psíquico en la cultura del hiperconsumo
DOI:
https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/5825Palabras clave:
consumo, medicalización, publicidad, propaganda, sociedadResumen
En la fase actual en la que está presente la sociedad de consumo, los valores del hedonismo, la búsqueda incesante de la felicidad a través de la adquisición de bienes materiales, la negación del sufrimiento, el ocio, la ligereza y el hiperindividualismo son bastante marcados. El creciente proceso de destradicionalización de la sociedad ha hecho que el sujeto sea al mismo tiempo libre e inestable. Con el debilitamiento de la capacidad de ordenamiento de instituciones como la iglesia y la escuela, el sujeto tiende a buscar en el consumo de bienes y servicios una fuente de seguridad, además del uso de medicamentos que alivian el sufrimiento psíquico generado por esta indefensión. Considerando que la medicalización del sufrimiento psíquico alcanza grandes escalas en esta fase de la sociedad contemporánea, el presente trabajo propone investigar los factores de la cultura del hiperconsumo que funcionan como dispositivos que favorecen el proceso de medicalización generalizada. Se basó en una investigación bibliográfica en la que se observaron algunos actores que difundieron el discurso medicalizador, como la publicidad, la psiquiatría hegemónica y la industria farmacéutica. La información presentada y organizada en la investigación resulta en el hallazgo de que la medicalización es el producto tanto de los intereses de la industria farmacéutica como de la demanda del hiperconsumidor de felicidad, bienestar y ausencia de sufrimiento.
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