La medicalización del sufrimiento psíquico en la cultura del hiperconsumo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/5825

Palabras clave:

consumo, medicalización, publicidad, propaganda, sociedad

Resumen

En la fase actual en la que está presente la sociedad de consumo, los valores del hedonismo, la búsqueda incesante de la felicidad a través de la adquisición de bienes materiales, la negación del sufrimiento, el ocio, la ligereza y el hiperindividualismo son bastante marcados. El creciente proceso de destradicionalización de la sociedad ha hecho que el sujeto sea al mismo tiempo libre e inestable. Con el debilitamiento de la capacidad de ordenamiento de instituciones como la iglesia y la escuela, el sujeto tiende a buscar en el consumo de bienes y servicios una fuente de seguridad, además del uso de medicamentos que alivian el sufrimiento psíquico generado por esta indefensión. Considerando que la medicalización del sufrimiento psíquico alcanza grandes escalas en esta fase de la sociedad contemporánea, el presente trabajo propone investigar los factores de la cultura del hiperconsumo que funcionan como dispositivos que favorecen el proceso de medicalización generalizada. Se basó en una investigación bibliográfica en la que se observaron algunos actores que difundieron el discurso medicalizador, como la publicidad, la psiquiatría hegemónica y la industria farmacéutica. La información presentada y organizada en la investigación resulta en el hallazgo de que la medicalización es el producto tanto de los intereses de la industria farmacéutica como de la demanda del hiperconsumidor de felicidad, bienestar y ausencia de sufrimiento.

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Biografía del autor/a

Marcio Acselrad, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE

Professor Titular da Unifor - Universidade de Fortaleza. Professor Colaborador do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Unifor. Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Psicólogo formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990). Coordenador do Labgraça - Laboratório de Estudos do Humor e do Riso da Universidade de Fortaleza. Membro do ​LAEPCUS: Laboratório de Estudos sobre Psicanálise, Cultura e Subjetividade do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Unifor, do LERHA: Laboratório das Relações Humano-Ambientais do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Unifor e do Imago: Grupo de Estudos sobre Imagem Contemporânea da UFC. ​Líder do grupo de pesquisa Comunicação e Cultura do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Coordenador da linha de pesquisa Mídia, Linguagem e Produção da Unifor. Professor-orientador da Liga no Nariz, projeto de palhaçoterapia da Universidade de Fortaleza.

Davi Barros Tavares, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE

Graduando em Psicologia pela Faculdade Ari de Sá. Graduado em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda -pela Universidade de Fortaleza (2016), onde foi monitor da disciplina de Sociologia Geral e da Comunicação para alunos da turma de Jornalismo e obteve nota máxima no Trabalho de Conclusão de Curso (Medicalização do Sofrimento Psíquico na Cultura do Hiperconsumo). Foi aluno do Instituto Federal do Ceará (IFCE) no curso de Licenciatura em Artes Visuais (2012 - inconcluso).

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Publicado

2022-12-19

Cómo citar

ACSELRAD, M.; TAVARES, D. B. La medicalización del sufrimiento psíquico en la cultura del hiperconsumo. Fractal: Revista de Psicologia, v. 34, p. Publicado em 05/12/2022, 19 dic. 2022.

Número

Sección

Artículos