O princípio da autoconfrontação na abordagem da Clínica da Atividade

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5865

Palabras clave:

autoconfrontação, métodos em Psicologia do Trabalho, Clínica da Atividade

Resumen

Na busca por instrumentos teórico-metodológicos compatíveis com a adoção do ponto de vista da atividade em pesquisa e intervenção no trabalho, discute-se o princípio da autoconfrontação como método indireto na abordagem da Clínica da Atividade visando a favorecer o desenvolvimento do poder de agir dos sujeitos e coletivos sobre si e sobre o meio de trabalho. Ressaltam-se as potencialidades do método em propiciar uma experiência formadora e impulsionar o desenvolvimento dos sujeitos em termos de ampliação de sua capacidade de agir, assim como o limite em relação à proposta de transformação das situações de trabalho.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcello Santos Rezende, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

Psicólogo do Trabalho da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ. Doutorado em Psicologia Social/ Psicologia do Trabalho & Organizacional pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Possui mestrado em Saúde Pública/Saúde do Trabalhador pela Fundação Oswaldo Cruz (2007) e graduação em Psicologia pela UERJ (2004). Atua com os seguintes temas: Psicologia do Trabalho & Organizacional, Saúde do Trabalhador, Clínicas do Trabalho, Ergologia, Trabalho e Processos de Subjetivação

Cirlene de Souza Christo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

É professora no Departamento de Psicologia Social do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui graduação em Psicologia, mestrado e doutorado em Psicologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, com período de estágio no Atelier de Psicologia do Trabalho do Centro de Psicologia da Universidade do Porto / Portugal. Sua produção científica e atividades de ensino, pesquisa e extensão privilegiam os temas da Psicologia do Trabalho e da Saúde do Trabalhador, fazendo uso, em uma perspectiva ergológica, dos referenciais teórico-metodológicos da Ergonomia da Atividade, Clínica da Atividade e Psicodinâmica do Trabalho. Integra o grupo de pesquisa CNPq Ciência, Cuidado e Saúde na linha "Saúde e trabalho no setor público: estudos a partir das clínicas do trabalho".

Citas

ATHAYDE, M.; REZENDE, M. S. Atividade. In: BENDASSOLI, P. F.; BORGES-ANDRADE, J. E. (Org.). Dicionário de psicologia organizacional e do trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2015. p. 101-108.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BÉGUIN, P. Arqueología del conocimiento: acerca de la evolución del concepto de actividad. Laboreal, Paris, v. 2, n. 1, p. 55-61, 2006. Disponível em: <http://laboreal.up.pt/files/articles/2006_07/es/55-61es.pdf>. Acesso em: 30 out. 2016.

BRITO. J. C. Trabalho prescrito e trabalho real. In: PEREIRA, I. B.; LIMA, J. C. F. (Org.). Dicionário da educação profissional em saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006. p. 288-294.

CHRISTO, C. Análise da atividade de supervisão do trabalho: um olhar psico-social para o gerenciamento na indústria. 2013. Tese (Doutorado)__Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

CLOT Y. Ivar Oddone: les instruments de l’action. Les territoires du travail, n. 3, p. 43-52, 1999.

CLOT Y. Editorial. Education Permanente, v. 146, n. 1, p. 7-16, 2001.

CLOT, Y. A função psicológica do trabalho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

CLOT, Y. Trabalho e poder de agir. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.

CLOT, Y.; FAÏTA, D. Genres et styles en analyse du travail: concepts et méthodes. Travailler, n. 4, p. 7-42, 2000. Disponível em: <http://psychanalyse.cnam.fr/medias/fichier/texteclot4_1306851012723.pdf>. Acesso em: 12 set. 2010.

CLOT, Y.; LEPLAT, J. La méthode clinique en ergonomie et en psychologie du travail. Le Travail Humain, v. 68, n. 4, p. 289-316, 2005.

DANIELLOU, F.; LAVILLE, A.; TEIGER, C. Ficção e realidade do trabalho operário. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 17, n. 68, p. 7-13, 1989.

DEJOURS, C. O fator humano. Rio de Janeiro: FGV, 1997.

FAÏTA, D. Análise dialógica da atividade profissional. Rio de Janeiro: Imprinta Express, 2005.

FAÏTA, D.; MAGGI, B. (Org.). Un débat en analyse du travail: deux méthodes em synergie dans l’étude d’une situation d’enseignement. Toulouse: Octarès, 2007.

FAÏTA, D. A linguagem como atividade. In: SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói: EDUFF, 2010. p. 165-186.

GUÉRIN, F. et al. Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.

ODDONE, I.; RE, A.; BRIANTE, G. Redécouvrir l’expérience ouvrière: vers une autre psychologie du travail? Paris: Messidor, 1981.

PÉLEGRIN, B. Sur l’autoconfrontation: vous avez dit « croisé »? Ergologia, n. 5, p. 107-145, 2011.

PINSKY L.; THEUREAU J. Activité cognitive et action dans le travail: éléments et événements du travail infirmier. Paris: CNAM, 1982. Collection de Physiologie du travail et ergonomie, v. 73.

RABARDEL, P.; GOUÉDARD C. Pouvoir d’agir et capacités d’agir: une perspective méthodologique? Pistes, v. 14, n. 2, 2012.

ROSEMBERG, D. S.; RONCHI FILHO, J.; BARROS, M. E. B. de. (Org.). Trabalho docente e poder de agir: clínica da atividade, devires e análises. Vitória: EDUFES, 2011.

SANTORUM, K. et al. Análise coletiva da atividade de vigilância em saúde do trabalhador: a autoconfrontação cruzada como dispositivo de formação. Revista Reflexão e Ação, Rio Grande do Sul, v. 16, n. 2, p. 77-96, 2008. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/697/517>. Acesso em: 13 ago. 2015.

SCHWARTZ, Y. Um bref aperçu de l´histoire culturesse du concept d´activité. Activités, v. 4, n. 2, p. 122-133, 2007.

SCHWARTZ, Y.; DURRIVE, L. Trabalho e Ergologia. Niterói: EDUFF, 2010.

SILVA, C. O. Pesquisa e intervenção em clínica da atividade: a análise do trabalho em movimento. In: BENDASSOLLI, P. F.; SOBOLL, L. A. P. (Org.). Métodos de pesquisa e intervenção em psicologia do trabalho: clínicas do trabalho. São Paulo: Atlas, 2014. p. 81-99

SILVA, C. O.; SOUTO, A. P.; MEMÓRIA-LIMA, K. M. N. A pesquisa-intervenção em Psicologia do Trabalho em um aporte que toma o desenvolvimento como método e objeto. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 27, n. 1, p. 12-15, abr. 2015. doi: 10.1590/1984-0292/1338

TEIGER, C.; LACOMBLEZ, M. L’ergonomie et la trans-formation du travail et/ou des personnes: permanences et évolutions (2. De 1980 à nos jours). Education Permanente, n. 166, p. 9-28, 2006.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente (1925). São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VIGOTSKI, L. S. Teoria e método em psicologia (1927). São Paulo: Martins Fontes, 1999.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem (1934). São Paulo: Martins Fontes, 2001.

##submission.downloads##

Publicado

2018-07-19

Cómo citar

REZENDE, M. S.; CHRISTO, C. DE S. O princípio da autoconfrontação na abordagem da Clínica da Atividade. Fractal: Revista de Psicologia, v. 30, n. 2, p. 131-136, 19 jul. 2018.

Número

Sección

Dossiê Psicologia, modos de vida e trabalho: mobilizando um patrimônio de conceitos e autores