Perspectiva poética da alteridade

diálogos entre Rimbaud e Bakhtin

Auteurs

  • Maria Eloisa do Amaral Leão Unversidade de São Paulo, São Paulo, SP
  • Danilo Silva Guimarães Unversidade de São Paulo, São Paulo, SP

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https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i1/5693

Mots-clés:

alteridade, dialogismo, poesia, Rimbaud, Bakhtin

Résumé

Este artigo procura apontar possíveis articulações entre a psicologia cultural e a poesia a partir do enunciado “Eu é um outro” do poeta francês Arthur Rimbaud (1854-1891), extraído de suas “Cartas do Vidente” e tomado como uma perspectiva poético-visionária para a perspectiva do construtivismo semiótico-cultural em psicologia. O enunciado é endereçado às noções de dialogismo e polifonia em Mikhail Bakhtin (1895-1975), visando expressar a pluralidade das experiências de alteridade no campo das relações eu-outro-mundo. Bakhtin é um dos principais autores para esta vertente meta-teórica, metodológica e ética em psicologia, que focaliza processos relacionais envolvidos na relação eu-outro, tomando cada coparticipante da relação como singularidade ativa, construtora de sentidos e significados da experiência. Rimbaud foi um poeta-visionário, e sua perspectiva poética da alteridade constitui um campo fértil para um diálogo com a psicologia cultural. Suas Cartas do Vidente, escritas em 1871, servirão de suporte para uma reflexão sobre as noções de alteridade e dialogicidade no Self.

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Bibliographies de l'auteur

Maria Eloisa do Amaral Leão, Unversidade de São Paulo, São Paulo, SP

Bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA) e mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). É co-autora, juntamente com o Prof. Dr. Danilo Guimarães, do artigo “Rimbauding Worlds: Creation of Deranging Senses”, incluído no livro Poetry and imagined worlds (2017). Desenvolveu carreira profissional como cantora lírica (mezzosoprano), atuando em óperas, operetas, recitais, concertos, shows e outros espetáculos. Trabalhou no Coro da Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (antigo Coral Sinfônico do Estado de São Paulo) e, como convidada, no Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo. Atriz e performer, foi uma das fundadoras do grupo de teatro Trompas de Phalópio, de Belém do Pará.

Danilo Silva Guimarães, Unversidade de São Paulo, São Paulo, SP

Bacharel e psicólogo (2005), mestre (2008) e doutor (2010) pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP, com período sanduíche na Clark University, EUA). É Livre-Docente (2017), na área de História e Filosofia da Psicologia, pelo Departamento de Psicologia Experimental do IPUSP, onde exerce atividades de docência e pesquisa (graduação e pós-graduação), em regime de dedicação exclusiva. Desenvolve e orienta pesquisas na área de Problemas Teóricos e Metodológicos da Pesquisa Picológica: construtivismo semiótico-cultural, com ênfase em psicologia indígena. É assessor de agência de fomento à pesquisa e faz parte de conselhos editoriais de periódicos científicos nacionais e internacionais. Coordena o serviço Rede de Atenção à Pessoa Indígena - IPUSP/PSE (desde 2015), o Grupo de Trabalho Psicologia Dialógica, da ANPEPP (desde 2019) e o Programa de Pós-Graduação em Psicologia Experimental (desde 2020).

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Publiée

2021-03-01

Numéro

Rubrique

Artigos