Folhas, sabores, saberes e memórias: a aula como acontecimento afrodiaspórico
DOI :
https://doi.org/10.22409/rep.v16i30.67117Résumé
O artigo aqui presente objetiva socializar memórias pedagógicas sobre aulas afrodiaspóricas como acontecimento, trouxemos experiências de aulas afrodiaspóricas construídas em duas instituições de ensino do Município de Lauro de Freitas - Bahia, o Centro Municipal de Educação Infantil Doutor Djalma Ramos e a Escola Municipal Tenente Gustavo dos Santos. Ambas as unidades de ensino vêm desenvolvendo uma pedagogia outra, denominada crespogogia (Santos e Sousa 2022), que seria, entre outros aspectos, um conceito forjado no chão da escola, a partir de lutas cotidianas e experiências de (re)existências. Nos voltamos para pensar bases inaugurais de re-existências que sustentam nossas práticas, onde as proposições metodológicas para educação das relações étnico-raciais, vem se estruturando através das nossas experiências afrofeministas a partir de princípios como: corpo afroafetivo, afrofeminismo, territorialidade, identidade, dentre outros, os quais postulam uma pedagogia descolonizantes para as crianças, jovens, mulheres e homens negras e negros em territórios periféricos de re-existências. Destacamos que foi através dessa experiência que outras narrativas e outras formas de fazer educação se teceram, onde buscou-se a horizontalização das experiências de poder, cuja verticalização, desde a matriz colonial, vem violentando e aprofundando desigualdades, nos corpos negros. As aulas afrodiaspóricas aqui relatadas são derivadas de duas proposições metodológica, uma intitulada Oficina Arte Culinária Afro-brasileira, e, uma outra denominada Memórias e saberes do quintal, ambos desenvolvidos no chão de escolas públicas municipais, e que visavam experienciar afetos a partir dos aromas e do uso das folhas, dos sabores que crianças, adultos e idosos tem sobre as memórias de saberes ancestrais.
Palavras-chave: saberes ancestrais, experiências curriculares, aulas afrodiaspóricas, memórias afro-afetivas, escola pública.
Téléchargements
Téléchargements
Publié
Numéro
Rubrique
Licence
© Maria das Graças Gonçalves, Ladjane Alves Sousa, Fátima Santana Santos 2025

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REP, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REP tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REP adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REP utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.
Para mais informações, contatar a editora através do e-mail revistaestudospoliticos@gmail.com