PENSANDO O NOVO ENSINO MÉDIO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE LÉLIA GONZALEZ: POR UMA DIALÉTICA DA CONSCIÊNCIA E DA MEMÓRIA
THINKING THE NEW BRAZILIAN HIGH SCHOOL FROM LÉLIA GONZALEZ'S PERSPECTIVE: TOWARDS A DIALECTIC OF CONSCIOUSNESS AND MEMORY
DOI :
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v2i42.64480Mots-clés :
Novo Ensino Médio, Lélia Gonzalez, Educação, Neoliberalismo, Racismo estruturalRésumé
Este artigo problematiza o Novo Ensino Médio (NEM) sob a ótica de Lélia Gonzalez em interlocução com Paulo Freire, haja vista que o modelo impacta uma população racializada de uma ex-colônia e traz entre seus objetivos a formação profissional sem refletir as condições desiguais que interpelam o discurso meritocrático. O ocultamento do racismo persiste, refletindo a neurose cultural brasileira – pensada por Gonzalez nos termos da relação entre consciência e memória. Mediante a análise dos dados recentes de emprego e renda e, comparando-os com os do Censo de 1980, discutido por Gonzalez, a situação da população negra é reexaminada. Desta maneira, expõe-se um novo contexto de negligência: a ideologia meritocrática e a individualização extrema dos sujeitos, pontos que cooperam no ocultamento do racismo estrutural e na perpetuidade das desigualdades sociais.
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