A CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO COMO PROGRAMA DA CNI PARA A POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/tn.v20i42.53519

Résumé

Este artigo discute a relação entre o projeto educacional proposto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a contrarreforma do ensino médio e tem como fio condutor a análise dos seguintes pontos: 1) a contrarreforma do ensino médio; 2) a disputa pelos sentidos discursivos da BNCC; 3) as estratégias para a implementação da BNCC como programa da CNI. Os resultados revelam que o conteúdo da contrarreforma do ensino médio possui forte vinculação com as reivindicações da CNI para a política educacional brasileira.

Palavras-chave: Confederação Nacional da Indústria (CNI); Base comum curricular (BNCC); Reforma do Ensino Médio.

 

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

Fernanda Franz Willers, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Mestra pelo PPGE/UFFS. Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). Atualmente, realiza curso de especialização em gestão, supervisão e orientação escolar pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)

Références

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA INDÚSTRIA. Diretor-geral do SENAI toma posse no Conselho Nacional de Educação. 14 de Jul. de 2016. Disponível em: <https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/institucional/diretor-geral-do-senai-toma-posse-no-conselho-nacional-de-educacao/> Acesso em 23 de novembro de 2021.

BANCO MUNDIAL. Um Ajuste Justo: Análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil. 2017. Disponível em: <https://www.worldbank.org/pt/country/brazil/publication/brazil-expenditure-review-report>. Acesso em 25 de novembro de 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/>. Acesso em 10 de junho de 2022.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Educação: a base para a competitividade. Brasília: CNI, 2018.

_______________. Educação STEAM: insumos para a construção de uma agenda para o Brasil. Brasília: CNI, 2021.

COUTINHO, C. N. A época neoliberal: revolução passiva ou contrarreforma? Revista Novos Rumos, Marilia, v. 29, n. 1, p. 117-126, Jan. – Jun., 2012.

FIESC. Escola S é apresentada a pais e alunos da rede educacional da FIESC. 19 de Set. de 2020. Disponível em <https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/escola-s-e-apresentada-pais-e-alunos-da-rede-educacional-da-fiesc>. Acesso em 25 de novembro de 2021.

FREITAS, L. C. de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. Vol. 3. Maquiavel. Notas sobre o Estado e a

Política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000a.

GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Vol. 2. Os intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2000b.

KUENZER, A. Z. Trabalho e escola: a flexibilização do Ensino Médio no contexto da acumulação flexível. Educação & Sociedade, v. 38, nº. 139, p. 331-354, abr.-jun., 2017.

LEHER, R. Da ideologia do desenvolvimento à ideologia da globalização: a educação como estratégia do Banco Mundial. 1998. 267f. Tese (Doutorado em Educação) – USP, São Paulo.

MELO, A. O projeto pedagógico da Confederação Nacional da Indústria para a educação básica nos anos 2000. 2010. 256f. Tese (Doutorado em Educação) – UFPR, Curitiba.

MELLO, L. M. de. Os empresários e as políticas públicas em educação básica no Brasil contemporâneo: a atuação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na construção do “novo ensino médio” (2013-2018). 2020. 212f. Dissertação (Mestrado em Educação) - UFF, Niterói.

MENDONÇA, S. R. de. O Estado Ampliado como Ferramenta Metodológica. Marx e o Marxismo, v. 2, p. 27-43, jan. – jun., 2014.

NSC TOTAL. “Com a Escola S pretendemos formar profissionais para o futuro e para para a vida”, diz diretor da Fiesc. 23 de Jul. de 2020. Disponível em <https://www.nsctotal.com.br/colunistas/estela-benetti/com-a-escola-s-pretendemos-formar-profissionais-para-o-futuro-e-para-a>. Acesso em 25 de novembro de 2021.

RODRIGUES, J. O Moderno Príncipe Industrial: o Pensamento Pedagógico da Confederação Nacional da Indústria. Campinas: Autores Associados, 1998.

SAES, D. A. M. Classe média e escola capitalista. Critica Marxista, Ed. Revan, v.1, n. 21, p.97-112, 2005.

SAVIANI, D. Educação escolar, currículo e sociedade: o problema da Base Comum Curricular. In: Malhanchen, J. Matos; N. S. D.; Orso, Paulino J. (Org). A pedagogia histórico-crítica, as políticas educacionais e a Base Comum Curricular. Campinas, SP: Editora Autores Associados, 2020.

SEKI, A. K. O capital e as universidades federais no governo Lula: o que querem os industriais? 2014. 169f. Dissertação (Mestrado em Educação) - UFSC, Florianópolis.

SENAI. Novo ensino médio. 2021. Disponível em <http://www.portaldaindustria.com.br/senai/canais/educacao-profissional/novo-ensino-medio/#anchor-inicio>. Acesso em 23 de novembro de 2021.

Publiée

2022-07-22