INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E EDUCAÇÃO TECNOBANCÁRIA: IMPACTOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/tn.v22i48.62242

Résumé

O objetivo deste estudo é analisar como a mudança tecnológica altera processos produtivos e educativos. O texto aponta que, apesar do apelo de modernização e inovação, a difusão de tecnologias de inteligência artificial altera a relação entre linguagem e pensamento, produzindo uma educação tecnobancária cujos efeitos geram submissão, dominação, exploração e universalização de um pensamento único. O artigo parte das análises de Marx sobre a maquinaria e se desenvolve apontando alterações, contradições e desafios sobre o tema. Ao final, são apresentados caminhos para o enfrentamento da questão no sentido de gerar uma educação comprometida com os interesses de emancipação da classe dominada.

Palavras-chave: Educação tecnobancária; Inteligência Artificial; Educação.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Tiago Fávero de Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste

Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont. 

Breno Apolinário da Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora

Bacharel em Engenharia Civil (2021) pela Faculdade Metodista Granbery e Licenciado em Física (2023) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente possuo em andamento a graduação em Licenciatura em Matemática pelo Centro Universitário UNIFATÉCIE e pós-graduação em Ensino de Matemática e Física pelo IF Sudeste MG (Campus Rio Pomba). Já fui professor nas disciplinas de Matemática, Física e Itinerários Formativos do novo ensino médio da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE-MG). Atualmente é professor de Matemática e Física do Curso Lívia Kingma, voltado para a preparação de alunos para concursos públicos e vestibulares e professor de Matemática no Instituto Promove de Ensino no qual desenvolve projetos com alunos do Ensino Fundamental II e atua como coordenador da feira de ciências.

Références

ARAÚJO, W. P. Marx e a indústria 4.0: trabalho, tecnologia e valor na era digital. Revista Katálysis. v. 25, n. 1, p. 22 – 32, jan./abr., 2022. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/82591/48232. Acesso em fevereiro de 2022.

CAETANO, M. R; PORTO JÚNIOR, M. J. Educação e Reestruturação do Capital. É possível resistir ao discurso 4.0? In: CAETANO, Maria Raquel; PORTO JÚNIOR, Manoel José; SOBRINHO, Sidinei Cruz (Orgs.). Educação Profissional e os desafios da formação integral: Concepções, políticas e contradições. Curitiba: 2021, p. 107 – 122.

CALDART, R. S. Sobre as tarefas educativas da escola e da atualidade. São Paulo: Expressão Popular, 2023.

COTRIM, V. Trabalho produtivo em Karl Marx: velhas e novas questões. 2009. 175f. Dissertação (Mestrado em História Econômica) – USP, São Paulo.

DARDOT, P; LAVAL, C. A Nova Razão do Mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.

DUARTE, N. Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra: segundo as observações do autor e fontes autênticas. São Paulo: Boitempo, 2010.

FERNANDES, F. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.

FERNANDES, F. Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina. São Paulo: Global, 2009.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 25ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

FREITAS, L. C. de. A Reforma Empresarial da Educação: Nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

GRESPAN, J. Marx: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2021.

HIRANO, S. Política e economia como formas de dominação: o trabalho intelectual em Marx. Tempo Social. Revista de Sociologia. v. 13. n. 2. São Paulo: USP, novembro de 2011. p. 01 – 20.

HOUSSAYE, J. Theórie et pratique de l'éducation scolaire: le triangle pédagogique. v. 1. Berne: Peter Lang, 1988.

LAVAL, C. A Escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Editora Planta, 2004.

LÊNIN, V. I. O que fazer? questões candentes do nosso movimento. São Paulo: Boitempo, 2020.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política: livro I: o processo de produção do capital. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2017.

NETTO, J. P; BRAZ, M. Economia Política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2012.

NOVAES, H. T. O fetiche da tecnologia: a experiência das fábricas recuperadas. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

NUNES, S. I. F. O Instituto Federal Baiano no contexto da educação 4.0. In: NEVES, Bruno Miranda et. al (Orgs.). Desenvolvimento e Civilização. v. 1. Curitiba: Appris, 2021, p. 269 - 278.

OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista, o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.

OLIVEIRA, T. F. de. Contrarreformas neoliberais e formação para o trabalho nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: entre o público e o privado. 2023. 312f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) - UERJ, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://bdtd.uerj.br/handle/1/19282>. Acesso em 03 de março de 2024.

PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas: problema central do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

PORTO JUNIOR, M. J; SAN SEGUNDO, M. A. C. Dos limites do neodesenvolvimentismo à ortodoxia neoliberal: o impacto na luta por uma educação integral nos Institutos Federais. In: LIMA FILHO, Domingos Leite; SANTOS, José Deribaldo Gomes dos; NOVAES, Henrique Tahan (Orgs). Educação profissional no Brasil do século XXI: políticas, críticas e perspectivas. 2. Marília/São Paulo: Oficina Universitária/Cultura Acadêmica, 2023, p. 273 – 298.

RUBIN, I. I. A teoria marxista do valor. São Paulo: Pólis, 1987.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 44ª ed. Campinas: Autores Associados, 2021.

SCHWAB, K. Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2016.

SILVA, A. M. da. Da uberização à youtuberização: a precarização do trabalho docente em tempos de pandemia. Revista. Trabalho, Política e Sociedade. v. 5, n. 09, p. 587 – 610, jul./dez., 2020.

SILVA, C. F. P. da; PEREIRA, A. S. O projeto de sociedade da burguesia brasileira e a educação 4.0. In: NEVES, Bruno Miranda et. al (Orgs.). Desenvolvimento e Civilização. v. 1. Curitiba: Appris, 2021, p. 133 – 146.

UBAL, M; TAMBASCO, P; MARTÍNEZ, S.; CORREA, M. G. El impacto de la inteligencia artificial em la educación: riesgos y potencialidades de la IA em el aula. Riite: Revista Interdisciplionar de Investigación em Tecnologia Educativa. n. 15. dez, 2023, p. 41 – 57. Disponível em: <https://doi.org/10.6018/riite.584504>. Acesso em 27 de fevereiro de 2024.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

WITTGENSTEIN, L. Tractatus Logico-philosophicus. 3ª ed. São Paulo: Edusp, 2001.

##submission.downloads##

Publiée

2024-08-08

Numéro

Rubrique

Artigos do Número Temático