De uma ponta à outra do oceano: conexões transatlânticas entre os filmes Atlantique e Nanny
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Resumo
O artigo analisa as conexões transatlânticas entre dois filmes contemporâneos, Atlantique, dirigido pela franco-senegalesa Mati Diop, e Nanny, dirigido pela norte-americana Nikyatu Jusu, explorando suas narrativas audiovisuais para abordar as realidades sobre migração e o papel da memória nas obras. Ambos os filmes trazem protagonistas femininas senegalesas que enfrentam desafios emocionais e sociais em contextos distintos, mas interligados pelas questões interseccionais raciaise de gênero, como também a mitologia do oeste africano. Atlantique explora a história da imigração pela perspectiva daqueles que ficam para trás. Por outro lado, Nanny apresenta uma imigrante nos Estados Unidos, enfocando nas consequências psicológicas dessa desterritorialização. Os filmes reflexionam sobre a condição humana diante das adversidades e perdas e a análise dessas obras audiovisuais revela a maneira como duas cineastas de países diferentes e com experiências de vida distintas abordam memória, ausência e amor de forma intimamente conectada, resultando em narrativas complexas produzidas em ambos os lados do oceano Atlântico com pontos de vista distintos de um mesmo tema central: a memória daquilo que se perde na travessia.
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