This is an outdated version published on 2024-06-20. Read the most recent version.

Matripotency and biointeraction: countercolonial principles of defense of life

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a62349

Keywords:

matripotence, biointeraction, intersectionality, coloniality, countercoloniality

Abstract

The colonization process that built Modernity imposed dichotomous power structures on people all over the world based on the domination-subordination pair, which permeate relations of race, gender, social class, humanity-nature, among others. With Carla Akotirene and Nego Bispo, we understand that in resisting colonial violence it is important to forge our own concepts, based on the cosmoperpeptions of afropindoramic peoples. Therefore, we bring here a little of how racism and machismo are articulated based on colonial dynamics, perpetuating multiple oppressions and epistemicides in relation to the knowledge and ways of life of afropindoramic peoples. However, such knowledge is alive and powerful, organizing life in countercolonial communities and can help us break with essentialisms and rethink our social organization, by constituting a counterpoint to the power structures that determine relations in colonial capitalism. In this sense, we bring the concepts of Biointeraction, by Antônio Bispo dos Santos, and Matripotency, by Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Viviane Pereira da Silva, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Graduação em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/2005). Especialização em Psicanálise e Saúde Mental (UERJ/2007). Mestrado no Programa de Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH/UERJ/2015). Doutorado no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (PPGP/UFF/2021). Experiência como psicóloga clínica em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e ambulatório. Experiência como psicóloga escolar no Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (PROINAPE), da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Atualmente realiza Estágio Pós-doutoral no Kitembo - Laboratório de Estudos da Subjetividade e Cultura Afro-Indígena-Brasileira -, coordenado pelo prof. Dr. Abrahão de Oliveira Santos e vinculado ao PPGP/UFF, onde contribui como pesquisadora na produção de uma psicologia afroindígena, antirracista, contracolonial e aterrada. Temas de interesse: relações raciais, relações de gênero, interseccionalidades, colonialidade, práticas de cura e cuidado em comunidades de matrizes africanas e indígenas, racismo religioso. 

References

ACOSTA, Alberto. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária; Elefante, 2016.

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em Educação)–Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em: https://repositorio.usp.br/single.php?_id=001465832. Acesso em: 5 out. 2019.

COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 99-127, jan./abr. 2016. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, jan./abr. 2016. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

NASCIMENTO, Abdias do. O quilombismo. Petrópolis: Vozes, 1980.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual: possibilidade nos dias de destruição. São Paulo: Filhos de África, 2018.

NASCIMENTO, Wanderson Flor do. A modernidade vista desde o Sul: perspectivas a partir das investigações acerca da colonialidade. Padê: estudos em filosofia, raça, gênero e direitos humanos, Brasília, v. 1, n. 1/2, p. 1-19, jan./dez. 2009. Disponível em: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pade/article/view/1071. Acesso em: 7 jun. 2024.

NASCIMENTO, Wanderson Flor do. Os Yorùbás e a Invenção das Mulheres, por Oyèronkè Oyěwùmí. YouTube - Canal Pensar Africanamente, 2 jun. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bUesLz6h4og&feature=youtu.be&app=desktop. Acesso em: 18 jun. 2020.

NOGUEIRA, Regina (Kota Mulanji). O poder feminino nas tradições Banto, Fon e Yoruba. YouTube - Canal Pensar Africanamente, 1 jul. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EPCNKkNxHXk&t=4070s. Acesso em: 7 ago. 2020.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. 2005. 353f . Tese (Doutorado em Educação)_Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005. http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/36895

OXALÁ, Adilson de. Igbadu - a cabaça da existência: mitos nagôs revelados. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Moodle da USP, 2004. Tradução de Juliana Araújo Lopes. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=4557576&forceview=1. Acesso em: 7 jun. 2024.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Matripotência: Ìyá nos conceitos filosóficos e instituições sociopolíticas [iorubás]. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento. Nova Iorque: Palgrave Macmillan, 2016. cap. 3, p. 57-92. Disponível em: https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/oy%C3%A8r%C3%B3nk%E1%BA%B9%CC%81_oy%C4%9Bw%C3%B9m%C3%AD_-_matripot%C3%AAncia.pdf. Acesso em: 18 jun. 2024.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez: 2010. p. 73-118.

SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: UnB, 2015.

SANTOS, Antônio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu; Piseagrama, 2023.

SANTOS, Deoscórades Maximiliano dos (Mestre Didi): porque Oxalá usa a ekodidé. Rio de Janeiro: Pallas, 1997.

SOMÉ, Sobonfu. O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre maneiras de se relacionar. São Paulo: Odysseus, 2003.

THEODORO, Helena. O negro no espelho: implicações para a moral social brasileira do ideal de pessoa humana na cultura negra. Rio de Janeiro: Universidade Gama Filho, 1985.

WERNECK, Jurema. De Ialodês y feministas: reflexiones sobre la acción política de las mujeres negras en América Latina y el Caribe. Nouvelles Questions Féministes, v. 24, n. 2, p. 27-40, 2005. Disponível em: https://afrocubanas.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/07/de-ialodes-y-feministas-reflexiones-por-jurema-werneck-fem-negro.pdf. Acesso em: 15 jun. 2024.

Published

2024-06-18 — Updated on 2024-06-20

Versions

How to Cite

Silva, V. P. da. (2024). Matripotency and biointeraction: countercolonial principles of defense of life. Teaching, Health and Environment, 17, Publicado em 18/06/2024. https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a62349

Issue

Section

Dossiê Interseccionalidades