Da normalização à ecologia dos saberes: de que saúde estamos falando?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i1.a42951

Palabras clave:

promoção da saúde;, normalização;, epistemologias do sul

Resumen

O presente estudo tem como centralidade o conceito de saúde e o modo como está a ser concebido na sociedade atual. A discussão acerca do conceito de saúde é complexa, visto que percebemos uma dificuldade em abordá-la devido a sua polissemia. Sendo assim, saúde poderia se caracterizar como a possibilidade de agir e reagir, de adoecer e se recuperar. Desse modo, o trabalho objetiva discutir a noção de saúde a partir da ótica normalizadora, propondo as ecologias do saberes como possibilidade de operar com outras maneira de promover a saúde. O escopo metodológico desenvolveu-se por intermédio da revisão narrativa, problematizando a saúde enredada ao conceito de normalização articulada ao debate promovido pela epistemologias do Sul. No intuito de problematizar a concepção de saúde utilizamos as discussões de Canguilhem (1995; 2009), Foucault (2008) Palma (2010; 2012), Santos (2013; 2018), dentre outros.

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Biografía del autor/a

Marcelo Paraiso Alves, UniFOA/IFRJ

Doutor em Educação (UFF). Estágio Pós Doutoral pela UERJ. Desenvolve Estágio pós doutoral em Educação Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Aluno da Especialização Internacional em Epistemologias do Sul (CLACSO) em EAD. Mestrado em Historia Social pela Universidade Severino Sombra, Pós-graduação Lato-sensu em Treinamento Desportivo pelo UniFOA, Pós-Graduação Lato-sensu em Educação Motora pelo UniFOA. Graduação em Educação Física pela Fundação Oswaldo Aranha (1989),. Estágio Pós Doutoral pela UERJ. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação física, formação profissional, esporte e história. É docente do Programa de Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente (UNIFOA) e docente nos cursos de graduação e licenciatura em Educação Física (disciplinas de Corporeidade, Educação Física Aplicada a Educação Básica e Fundamentos Históricos da Educação Física).Desde fevereiro de 2009, está lotada no Instituto Federal do Rio de Janeiro campus Volta Redonda lecionando no Curso de Automação Industrial.

Cinthia Emerenciana de Almeida, UniFOA

Possui graduação em Educação Física pelo Centro Universitário de Volta Redonda-UniFOA- (2007). , atuando principalmente nos seguintes temas: escolarização;escola profissional; educação física e disciplinarização; pós- graduação em Ciências da Performance Humana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ- (2009); pós- graduação em Educação Física Escolar pelo Instituto de Educação Física e Desportos/UERJ(2014) e mestrado no curso Ciências da Saúde e Meio Ambiente pelo Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA(2020).

Alexandre Palma, UFRJ

graduação em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1986), mestrado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1995), doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2002) e estágio de pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria (IPUB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e no Programa de Pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade Gama Filho (2014). Atualmente, é professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde leciona na Escola de Educação Física e Desportos. Atua, ainda, como parecerista dos seguintes periódicos: Journal of Sports Sciences, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista Movimento, Ciência & Saúde Coletiva e Arquivos em Movimento (UFRJ). Tem experiência acadêmica no campo da Educação Física nas seguintes áreas: treinamento desportivo, atividade física e promoção da saúde e futebol

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Publicado

2022-07-28

Cómo citar

Alves, M. P., Almeida, C. E. de, & Palma, A. . (2022). Da normalização à ecologia dos saberes: de que saúde estamos falando?. Enseñanza, Salud Y Ambiente, 15(1), 56-67. https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i1.a42951

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