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Pleasures, sexual practices and abjection

travestis, transsexuals and limits of “being a person”

Authors

  • Herbert de Proença Lopes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil
  • Wiliam Siqueira Peres Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil
  • Adriana Sales Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v32i3/5991

Keywords:

sexual practices, travestis and transexuals, perspectivas queer

Abstract

This paper proposes dialogues with studies about travestis and transsexuals that offered contributions to problematize modes of subjectivation and sexual practices dissidents and abjects. The gender expressions that deviate from normative production models featured, in this paper, from the exploration of pleasures and sexual practices that extrapolate naturalized and reproductive visions, starting with a problematization of prostitution as a way of life, work, socialization and discovery of knowledge regarding sexual practices. Such problematizations come from research developed in Psychology postgraduate courses, under the methodological guidance of cartography and developed with participants from the organized social movement. Based on queer theoretical-political perspectives, we objective alternative positions that do not consider dissent as negativity, but more interested in alternative pedagogical forms in territories of trans subjectivation and that can broaden the notions about being “a person”. These problematizations can establish connections with other experiences and cause the expansion of knowledge schemes that consider dissent as modes of micropolitical and desiring resistance.

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Author Biographies

Herbert de Proença Lopes, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil

Mestre em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP). Atua como professor temporário de Psicologia na Pontifícia Universidade Católica PUC/PR - Campus Londrina. Trabalhou entre 2015 e 2020 como professor de Psicologia da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e especialização em Comunicação Popular e Comunitária pela UEL (2012). Trabalhou no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), no Projeto de Proteção dos Jovens em Território Vulnerável (Protejo) do Ministério da Justiça, e no Projeto Caminhos com grupos reflexivos para homens autores de violência doméstica, da Secretaria de Estado da Justiça (SEJU/PR). Atua juntamente com o Coletivo ElityTrans, formado por Travestis e Transexuais, através de práticas e criações teatrais e ações políticas. É ator integrante da Cia. Teatro de Garagem e da Cia. Translúcidas de Teatro, resultado da pesquisa de mestrado. É articulador do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL) e da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR). Estuda as relações entre psicologia social, processos de subjetivação, gêneros e sexualidades, psicologia comunitária, movimentos sociais, teatro e arte pública. Através do encontro destas áreas busca formas possíveis, mais belas e mais justas, de atuação no mundo.

Wiliam Siqueira Peres, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985), mestrado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000), doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005) e Pós Doutorado em Psicologia e Estudos de Gênero pela Universidade de Buenos Aires. Atualmente é professor de graduaçao e pós-graduaçao (mestrado e doutorado) em Psicologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Assis/SP. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Esquizoanálise e processos de Subjetivação, atuando principalmente nos seguintes temas: Direitos Sexuais Humanos, cidadania, sexualidades e gêneros em uma perspectiva política queer. Atualmente é professor aposentado.

Adriana Sales, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Assis, SP, Brasil

Adriana Sales, graduada em letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (2000). Estágio em cultura e civilização em Paris/França. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Rondonópolis. Doutora em psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em psicologia da UNESP, Campus de assis/SP. Professora efetiva lotada na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, na Superintendência de Políticas de Desenvolvimento Profissional. Pesquisadora do grupo de pesquisa PsiCuQueer - Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Cultura Queer, UNESP/Assis. Pesquisadora do Grupo Pesquisador em educação ambiental, comunicação e arte - GPEA; Colaboradora do Grupo de Estudos em Gênero, sexualidade e (m) interseccionalidades, GENI, na UERJ. Ativista social do movimento trans brasileiro desde 1998, atuando junto a Associação Nacional de Travestis e Transexuais - ANTRA.

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Published

2020-11-30

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How to Cite

LOPES, H. DE P.; PERES, W. S.; SALES, A. Pleasures, sexual practices and abjection: travestis, transsexuals and limits of “being a person” . Fractal: Journal of Psychology, v. 32, n. 3, p. 306-317, 30 Nov. 2020.

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