A REVOLTA DO CACHIMBO E A LUTA PELA TERRA NO QUILOMBO DA CAVEIRA

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DOI:

https://doi.org/10.22409/tn.v20i41.52713

Resumo

O presente artigo aborda os conflitos fundiários e a luta pela terra na comunidade quilombola da Caveira, situada no município de São Pedro da Aldeia, no estado do Rio de Janeiro. Enfatiza o evento por mim designado como “revolta do cachimbo”, pois ele marca a ruptura do pacto moral entre fazendeiros e moradores (descendentes de escravizados) da Fazenda Campos Novos, que estabeleceu novos padrões de subordinação da força de trabalho e ocupação da terra. Esse evento ocorre no contexto de loteamento da Fazenda Campos Novos e inaugura os esforços constantes (e violentos) dos fazendeiros de expulsão dos moradores que pagavam arrendamento para ter acesso à terra e casa. Apresenta também os desdobramentos históricos que culminaram na etnização do conflito fundiário, nos anos 1990, com a transformação das formas de expressão política fundamentadas na luta pela reforma agrária em luta pela reparação histórica dos danos coletivos causados pela escravidão.
Palabras-chave: Revolta do Cachimbo; conflitos fundiários; etnização; danos coletivos.

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Biografia do Autor

Gessiane Nazario, PREFEITURA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ/Brasil. Mestre em Sociologia pela Universidade Federal Fluminense/UFF/Brasil. Graduada em Pedagogia pela UFF. É professora efetiva dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal em Armação dos Búzios. Pesquisadora e escritora da área de Educação Escolar Quilombola, Relações Étnico-raciais na escola, alfabetização de crianças quilombolas e formação de professoras(es)para uma educação multicultural e antirracista. Atua nos coletivos de Educação da CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombola) e ACQUILERJ (Associação das Comunidades Quilombola do Estado do Rio de Janeiro)

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Publicado

2022-03-29

Como Citar

Nazario, G. (2022). A REVOLTA DO CACHIMBO E A LUTA PELA TERRA NO QUILOMBO DA CAVEIRA. Revista Trabalho Necessário, 20(41), 01-19. https://doi.org/10.22409/tn.v20i41.52713