COMUNIDADES FORTES: UMA QUESTÃO DE CLASSE, RAÇA E ETNIA PARA A AFIRMAÇÃO DE MODOS DE VIDA EM RONDÔNIA, NA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

Auteurs

  • William Kennedy do Amaral Souza Instituto Federal de Rondônia http://orcid.org/0000-0001-6271-9422
  • Marcel Emeric Bizerra de Araujo Instituto Federal de Rondônia
  • Mônica do Carmo Apolinário Oliveira Instituto Federal de Rondônia

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/tn.v23i50.66179

Résumé

A luta por acesso à terra é parte vital da luta por direitos da classe trabalhadora. Na Amazônia, essa luta se mostra extremamente dura, afinal, o empresariado capitalista quer dominar esta que é a maior floresta tropical do mundo. E essas tentativas de dominação são sempre feitas com violência. Constantemente, terras indígenas, reservas extrativistas, reservas naturais e florestas nacionais (todas sobre a proteção da União) são ameaçadas, invadidas e exploradas por pessoas que não tem direito a essas áreas. Nessas invasões, tentam expulsar as pessoas que vivem nos territórios. Como principais operadores da violência estão agentes privados que se designam fazendeiros, agromilícias e grupos de pistoleiros que atuam sob encomenda. Para combater a violência e manter povos e comunidades tradicionais e camponeses em seus lugares é necessário fortalecer os modos de vida. Com o intuito de fortalecer os modos de vida, o Instituto Federal de Rondônia desenvolve o projeto Comunidades Fortes, que articula pesquisa, extensão e desenvolvimento científico-tecnológico. O objetivo é analisar, fomentar e ampliar os circuitos produtivos das comunidades, tendo em vista a possibilidade de agregar valor aos produtos. O apoio inclui a realização de cursos, oficinas, assistência especializada e a compra de equipamentos. Tais ações tem a intenção de manter os modos de vida e os povos tradicionais em seus territórios e, por consequência, manter a floresta em pé. Neste ensaio apresentamos imagens e comentários sobre as ações nas comunidades.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

William Kennedy do Amaral Souza, Instituto Federal de Rondônia

Doutorando em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), na linha de pesquisa Trabalho e Educação. Membro do NEDDATE- Núcleo de Estudos, Documentação e Dados sobre Trabalho e Educação, da UFF. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na linha de pesquisa sobre Movimentos Sociais, Política e Educação Popular. Atualmente é professor efetivo no IFRO- Instituto Federal de Rondônia- campus Colorado do Oeste. Tem experiência nas áreas de Sociologia e Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: trabalho, produção associada, saberes e experiência, agricultura familiar, antropologia rural, antropologia do campesinato, antropologia dos povos tradicionais e dinâmicas sócio-religiosas.

Références

BARTRA VERGÉS, Armando. Os novos camponeses: leituras a partir do México profundo. São Paulo: Cultura Acadêmica; Cátedra Unesco de Educação do Campo e Desenvolvimento Rural, Coleção Vozes do Campo, 2011.

MATOS, Lucas Ramos de. A Amazônia na virada global da extrema direita. Ciência Geográfica - Bauru - XXV - Vol. XXV - (3): janeiro/dezembro – 2021.

SOUZA, William Kennedy do Amaral. Trabalho-Educação, Economia e Cultura em Povos e Comunidades Tradicionais: A (Re) Afirmação de Modos de Vida como Forma de Resistência. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.

TOLEDO, Víctor; BARRERA-BASSOLS, Narciso. Memória biocultural - a importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Expressão Popular. 2015.

Publiée

2025-04-09