As máscaras africanas na estética cinematográfica de Ousmane Sembène
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Nos filmes do chamado “Cinema Colonial”, as máscaras africanas aparecem relacionadas ao suposto fetichismo de sociedades africanas, mas também ao espólio colonial que faz delas objetos decorativos ou objetos de arte. As máscaras africanas ganham um novo significado na estética do cineasta Ousmane Sembène (1923-2007). A partir de um par de exemplos, a proposta desse artigo é analisar a inovação estética do cineasta senegalês ao introduzir a “plástica negra” das máscaras africanas em seus filmes já que elas não tiveram o mesmo destaque em sua literatura. A análise de uma máscara africana no filme La Noire de... (1966) permite demonstrar a criatividade de Sembène para uma adaptação à linguagem cinematográfica do conto de mesmo nome. Em termos teóricos e metodológicos, defende-se a ideia do “cinema impuro” (Bazin, 1952) e com base numa abordagem cultural da imagem (Gardies, 2006), busca-se demonstrar os múltiplos sentidos atribuídos às máscaras africanas na filmografia sembeniana.
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