Biodiversid’Arte: a experiência de oficinas dialógicas sobre os mamíferos brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2021.v14i2.a45847Resumen
A fragmentação e descontextualização e a complexidade dos conteúdos escolares são fatores que podem dificultar a conexão e assimilação deles. A sua integração pelo estudante é um dos desafios do ensino de ciências. Assim criamos uma abordagem metodológica baseada em oficinas dialógicas, interativas de CienciArte, explorando a caricatura. As oficinas foram intituladas Biodiversid’Arte objetivando facilitar o processo ensino-aprendizagem de temas complexos como taxonomia e sistemática, de forma contextualizada. A oficina foi testada em quatro edições com docentes, profissionais de saúde e discentes de diferentes níveis de escolaridade. Utilizamos pequenos mamíferos taxidermizados da fauna local. Os resultados foram categorizados em nuvem de palavras e analisados segundo a técnica de conteúdo de Bardin. As oficinas possibilitaram a contextualização do conteúdo e a dinâmica criação do animal imaginário revelou a apreensão de conhecimentos complexos pelos participantes. As oficinas de Biodiversid’Arte podem ser exploradas para estudar animais de alta diversidade como insetos, pássaros entre outros.
Descargas
Citas
ALENCAR, Eunice; FLEITH, Denise. Criatividade na educação superior: fatores inibidores. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 15, n. 2, p 201-206. 2010. https://doi.org/10.1590/S1414-40772010000200011
AMORIM, Dalton. Fundamentos de sistemática filogenética. 2. ed. Ribeirão Preto. Holos: 2002.
ARAÚJO-JORGE, Tania et al. CienciArte© no Instituto Oswaldo Cruz: 30 anos de experiências na construção de um conceito interdisciplinar. Ciência e Cultura, v. 70, n. 2, p. 25-34. 2018. https://doi.org/10.21800/2317-66602018000200010
ATENSTAEDT, Rob. Word cloud analysis of the BJGP. British Journal of General Practice, v. 62, n. 596, p. 148. 2012. https://doi.org/10.3399/bjgp12X630142
BAPTISTA, Mónica et al. Cursos de educação e formação: uma oportunidade para questionar práticas de sala de aula e reconstruir identidades escolares. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 13, n. 2, p. 151-172. 2011. https://doi.org/10.1590/1983-21172011130210
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2001.
BEHRENS, Marilda; THOMÉ OLIARI, Anadir. A evolução dos paradigmas na educação: do pensamento científico tradicional à complexidade. Revista Diálogo Educacional, v. 7, n. 22, p. 53-66, 2007. https://doi.org/10.7213/rde.v7i22.4156
BLASCO, Pablo. Cinema, humanização e educação em saúde. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, v. 1, n. 1, p 3-20, 2017. https://doi.org/10.24219/rpi.v2i1.125
BOCCACINO, Débora. Uma proposta para o ensino de taxonomia com enfoque construtivista. Revista de Educação, Ciência e Cultura, v. 12, n. 2, p. 161-175, 2007. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Educacao/issue/view/2/showToc. Acesso em: 5 fev. 2020.
BONVICINO, Cibele, OLIVEIRA, João Alves; D’ANDREA, Paulo Sérgio. Guia dos Roedores do Brasil, com chaves para gêneros baseadas em caracteres.Centro Pan-Americano de Febre Aftosa - OPAS/OMS. Rio de Janeiro, p. 120, 2008. Disponível em: http://www.fiocruz.br/ioc/media/livro%20roedores.pdf. Acesso em: 5 fev. 2020
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 11 nov. 2019
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Ministério da Educação/Secretaria de Educação, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. Acesso em: 11 nov. 2019
BURGIN, Conor et al. How many species of mammals are there? Journal of Mammalogy, v. 99, n. 1, p. 1-14, 2018. https://doi.org/10.1093/jmammal/gyx147
DE QUEIROZ, Kevin. Species concepts and species delimitation. Systematic Biology, v. 56, n. 6, p. 879-886, 2007. https://doi.org/10.1080/10635150701701083
DE QUEIROZ, Kevin; GOOD, David. Phenetic clustering in biology: a critique. The Quarterly Review of Biology, v. 72, n. 1, p. 3-30, 1997. https://doi.org/10.1086/419656
ELLISON, Aaron et al. Art/science collaborations: new explorations of ecological systems, values and their feedbacks. Bulletin of the Ecological Society of America, v. 99, n. 2, p. 180-191, 2018. https://doi.org/10.1002/bes2.1384
FESTAS, Maria Isabel. A aprendizagem contextualizada: análise dos seus fundamentos e práticas pedagógicas. Educação e Pesquisa, v. 41, n. 3, p. 713-727, 2015. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201507128518
FUTUYMA, Douglas. Evolutionary Biology. 3. ed. Sunderland: Sinauer Associates. 1998
GOMES, Nilma. Cultura negra e educação. Revista Brasileira de Educação, v. 23, n. 1, p. 75–85. 2003. https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200006
GONÇALVES-OLIVEIRA, Jonathan et al. A survey of small mammals in the Atlantic forest of the northwestern region of Rio de Janeiro state. Oecologia Australis, v. 20, n. 4, p. 492-500. 2016. https://doi.org/10.4257/oeco.2016.2004.08
GRUSHKA, Kathryn et al. new visuality in art/science: a pedagogy of connection for cognitive growth and creativity. Peabody Journal of Education, v. 93, n3, p. 320-331, 2018. https://doi.org/10.1080/0161956X.2018.1449927
HARROWER, Jennifer; PARKER, Jennifer; MERSON, Martha. Species loss: exploring opportunities with art–science. Integrative and Comparative Biology. V. 58, n. 1, p. 103-112, 2018. https://doi.org/10.1093/icb/icy016
HOLLEBEN, Índia Mara; SAPELLI, Marlene Lucia. A mídia como instrumento para a construção de consensos. Olhar de Professor, v. 11, n. 2, p. 253–273, 2008. https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.11i2.253273 .
LEE, Boram; FILLIS, Ian; LEHMAN, Kim. Art science and organizational interactions: exploring the value of artist residencies on campus. Journal of Business Research, v. 85, p. 444-451, 2017. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2017.10.022
LEMOS, Elba; D’ANDREA, Paulo Sérgio (Org.). Trabalho de campo com animais: procedimentos, riscos e biossegurança. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2014.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
MALINA, Roger et al. What is the evidence that art-science-technology collaboration is a good thing? Leonardo, v. 51, n. 1, p. 2, 2018. https://doi.org/10.1162/LEON_e_01555
MARTÍNEZ, Leonardo Fábio; CARVALHO, Washington Luiz. Contribuições e dificuldades da abordagem de questões sociocientíficas na prática de professores de ciências. Educação e Pesquisa. v. 38, n. 3, p. 727-741, 2012. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012005000014
MCNAUGHT, Carmel; LAM, Paul. Using wordle as a supplementary research tool. Qualitative Report, v. 15, n. 3, p. 630-643. 2010. https://doi.org/10.46743/2160-3715/2010.1167
MILEY, Francis; READ, Andrew. Using word clouds to develop pproactive learners. Journal of the Scholarship of Teaching and Learning, v. 11, n. 2, p. 91-110, 2011. Disponível em https://scholarworks.iu.edu/journals/index.php/josotl/article/view/1820. Acesso em: 10 nov. 2020.
MITTERMEIER, Russel; GOETTSCH, Cristina. Megadiversity: Earth’s biologically wealthiest nations. Washington D.C: CEMEX Conservation Book Series, 1997.
MMA. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Brasília: v. 1, 1. ed., 2018. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2011.
MULLER, Lizzie; FROGGETT, Lynn; BENNETT, Jill. Emergent knowledge in the third space of art-science. Leonardo, v. 53, n. 3, p. 321-326, 2020. https://doi.org/10.1162/leon_a_01690
MYERS, Norman et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403 n. 6772, p. 853-858, 2000. https://doi.org/10.1038/35002501
OLIVEIRA, Fabio VIANNA, Deise; GERBASSI, Reuber. Física moderna no ensino médio: o que dizem os professores. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 3, p. 447-454, 2007. https://doi.org/10.1590/S1806-11172007000300016
PADIAL, José et al. The integrative future of taxonomy. Frontiers in Zoology, v. 7, n. 16, p. 1-14, 2010. https://doi.org/10.1186/1742-9994-7-16
PAGLIA, Adriano et al. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil. 2. ed. Conservation International, Arlington, VA. 2012. Disponível em: https://www.conservation.org/docs/default-source/brasil/annotated_checklist_of_brazilian_mammals_2nd_edition.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.
PAPAVERO, Nelson. Fundamentos práticos de Taxonomia Zoológica. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista. 1994
PATACHO, Pedro Manuel. Práticas educativas democráticas. Educação e Sociedade, v. 32, n. 114, p. 39-52, 2011. https://doi.org/10.1590/S0101-73302011000100003
PAVIANI, Neires Maria, & FONTANA, Niura Maria. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. Conjectura: filosofia e educação, v. 14, n. 2, p. 77–88, 2009. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/16/15. Acesso em: 10 nov. 2020.
PIRES, Felipe; ARAÚJO-JORGE, Tania; TRAJANO, Valéria. Avaliação sobre o uso do programa PowerPoint em sala de aula por estudantes da Educação Básica. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 5, n. 1, p. 39-53, 2012. https://doi.org/10.3895/S1982-873X2012000100003
QUINTELA, Fernando; DA ROSA, Clarissa; FEIJÓ, Anderson. Updated and annotated checklist of recent mammals from Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 92, n. 12, p. 1-57, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aabc/a/WyHhXXxC3FZmXZVCrx8TrFt/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 10 nov. 2020.
RAMSDEN, Andrew, & BATE, Andrew. Using word clouds in teaching and learning. University of Bath, p. 1–6. 2008. Disponível em: https://purehost.bath.ac.uk/ws/portalfiles/portal/378516/using%2520word%2520clouds%2520in%2520teaching%2520and%2520learning.pdf. Acesso: 10 nov. 2020.
REIS, Nelio et al. Mamíferos do Brasil. 2. ed. Londrina: N.R.REIS. 2011.
RIANI, Camilo Floriano. Caricatas: arte-rosto-humor-experiência. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação Linguagem-Experiência-Memória-Formação. Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2016. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/144358. Acesso em: 10 nov. 2020,
RODRIGUES, Marcio Elio, JUSTINA, Lourdes, & MEGLHIORATTI, Fernanda. O conteúdo de sistemática e filogenética em livros didáticos do ensino médio. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências. Belo Horizonte, v. 13, n. 2, p. 65-84, 2011. https://doi.org/10.1590/1983-21172011130205
ROOT-BERNSTEIN, Bob et al. Artscience: integrative collaboration to create a sustainable future. Leonardo, v. 44, n. 3, p. 192, 2011. https://doi.org/10.1162/LEON_e_00161
ROOT-BERNSTEIN, Robert, ROOT-BERNSTEIN, Michelle. Sparks of genius: the 13 thinking tools of the world’s most creative people. Nova York: Mariner Books, p. 416, 2001.
SÁ, Eduardo; TORRES, Rafael Augusto. Cinema como recurso de educação em promoção da saúde. Revista de Medicina, v. 92, n. 2, p. 104-108, 2014. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v92i2p104-108
SAWADA, Anunciata, FERREIRA, Francisco; ARAÚJO-JORGE, Tania. Cienciarte ou ciência e arte? Refletindo sobre uma conexão essencial. Revista Educação, Artes e Inclusão, v. 13, 3, p. 158–177, 2017. https://doi.org/10.5965/1984317813032017158
SENNETT, Richard. A corrosão caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999.
SILVA, Juliana, SILVA, Mírian; VAREJÃO, José. Os (des)caminhos da educação: a importância do trabalho de campo na geografia. Vértices. v. 12, n. 3, p. 187-198, 2010. https://doi.org/10.5935/1809-2667.20100030
SILVEIRA, João Ricardo; MALINA, Roger; LANNES, Denise. Arteciência: um retrato acadêmico brasileiro. Ciência e Cultura, v. 70, n. 2, p. 46-55, 2018. https://doi.org/10.21800/2317-66602018000200013
SIMSON, Olga; PARK, Margareth; FERNANDES, Renata. Educação não formal: cenários da criação. Campinas: Editora da Unicamp/Centro de Memória. 2001.
STERNER, Beckett; LIDGARD, Scott. Moving Past the Systematics Wars. Journal of the History of Biology, v. 51, n. 11, p. 31-67, 2018. https://doi.org/10.1007/s10739-017-9471-1
TAPAJÓS, Ricardo. A introdução das artes nos currículos médicos. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.6, n. 10, p. 27-36, 2002 https://doi.org/10.1590/S1414-32832002000100003
TRAJANO, Valeria et al. Ciência, arte e cultura na saúde. Educação, Artes e Inclusão. v. 14, n. 2, p. 134–151, 2018. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/9853. Acesso em: 11 nov. 2019.
TRAJANO, Valéria et al. Expedições por um Brasil sem miséria - oficinas de ecoarte - um relato de experiência. Revista Ciências & Ideias, v. 8, n. 3, p. 115-130, 2018. https://doi.org/10.22407/2176-1477/2017.v8i3.706
VIEIRA, Valéria; BIANCONI, Lucia; DIAS, Monique. Espaços não-formais de ensino e o currículo de ciências. Ciência e cultura, v. 57, n. 4, p. 21-23, 2005. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000400014. Acesso em: 11 nov. 2019.
XAVIER, Joab et al. Cinema: uma ferramenta pedagógica e humanista para temas em Saúde-Educação. A experiência do CineSocial. Medicina, v. 44, n. 3, p. 260-266, 2011. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v44i3p260-266
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Ensino, Saude e Ambiente
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito da primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista.