Cartografar é traçar um plano comum

Autores

  • Virginia Kastrup Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Eduardo Passos Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

metodologia de pesquisa, método da cartografia, comum

Resumo

A pesquisa de campo sobre produção da subjetividade enfrenta o problema de construir conhecimento envolvendo pesquisadores e pesquisados, com territórios e semióticas singulares. Surgem questões relativas ao protagonismo dos participantes e a como traçar com eles um plano comum, garantindo o caráter participativo da pesquisa. No contexto do método da cartografia, o artigo tem como objetivo tratar do tema do comum num duplo aspecto. Num primeiro, discute o acesso ao plano comum. Com base em Gilles Deleuze e Felix Guattari, tal plano não é dito homogêneo nem reúne atores que manteriam entre si relações de identidade, mas opera comunicação entre singularidades, sendo pré-individual e coletivo. Num segundo aspecto, aponta que, enquanto pesquisa-intervenção, a cartografia se compromete com a criação de um mundo comum e heterogêneo. O artigo aponta que o traçado do comum tem como diretriz metodológica a tranversalidade e examina os procedimentos de participação, inclusão e tradução.

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Biografia do Autor

Virginia Kastrup, Universidade Federal do Rio de Janeiro

possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), doutorado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997) e pós-doutorado no CNRS, Paris (2002) e CNAM, Paris (2010). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publica e dá pareceres nas revistas Psicologia e Sociedade, Revista do Departamento de Psicologia (UFF), Psicologia Ciência e Profissão , Psicologia em Estudo, Arquivos Brasileiros de Psicologia e Psicologia. Reflexão e Crítica, dentre outras. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Cognitiva, atuando principalmente nos seguintes temas: cognição, invenção, produção da subjetividade, aprendizagem, atenção, arte e deficiência visual.

Eduardo Passos, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1986) e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Foi consultor do MS para a implantação da Política Nacional de Humanização do SUS (2003-2008), realizou consultoria junto ao International Center for AIDS Care and Treatment Program do Mailman School of Public Health da Universidade de Columbia (EUA) (2008-2009) e no Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP/CFP) como membro da Comissão ad hoc de Metodologia do CREPOP (2010-2011). É professor associado II do departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas de saúde, cognição e subjetividade

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Publicado

2013-08-29

Como Citar

KASTRUP, V.; PASSOS, E. Cartografar é traçar um plano comum. Fractal: Revista de Psicologia, v. 25, n. 2, p. 263-280, 29 ago. 2013.

Edição

Seção

Dossiê Cartografia

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