Requalification civile des personnes trans et travesties : limites et possibilités d’une politique publique visant à garantir les droits fondamentaux
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https://doi.org/10.15175/1984-2503-202315307Mots-clés:
requalification civile, personnes transgenres, pouvoir judiciaire, citoyenneté, accès à la justiceRésumé
Cette recherche se rattache à l’Observatório de Pesquisas Bryant Garth (Observatoire de recherche Bryant Garth), fondé en 2020 à l’Escola da Magistratura de l’État de Rio de Janeiro (EMERJ). Cet Observatoire a créé un modèle de production de données pour orienter les politiques publiques judiciaires. La première recherche empirique développée dans le cadre de l’un de ses centres, le Núcleo de Políticas Públicas e Acesso à Justiça (NUPEPAJ - Centre de Politiques publiques et de l’accès à la justice), a eu lieu en 2021 afin d’étudier l’effet de la requalification du nom et du genre sur la vie des personnes trans et des travestis. Elle a collecté des données aussi bien secondaires - dans des procès judiciaires - que primaires - lors d’entretiens avec les auteur(e)s de ces procès. Une fois classées et analysées, ces données sont explorées dans le présent travail. Les résultats suggèrent comment le genre, l’âge, la scolarité et la violence affectent la recherche de ce service, mais aussi comment la requalification influe sur les attentes d’une vie sans violence et avec plus de chances de bonheur. À partir des débats sur le transféminisme et d’une perspective de genre élargie, ce travail remet en question les limites et les possibilités de construction de pratiques émancipatrices par le système judiciaire en dialogue avec d’autres institutions.
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