A FORMAÇÃO DOS FORMADORES DA CLASSE TRABALHADORA NO BRASIL: LUTA DE CLASSES E DISPUTA DE PROJETOS
DOI:
https://doi.org/10.22409/tn.13i21.p9585Palavras-chave:
Educação Básica, formação de professores, formação da classe trabalhadora, projetos de formação.Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a atual situação da formação dos professores no Brasil, tendo em conta os distintos projetos de formação em disputa, consoante as classes em luta no modo de produção capitalista. Analisa informações dos bancos de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC) sobre a Educação Básica e o Ensino Superior, relativamente à demanda concreta de professores para a rede pública de ensino básico na cidade e no campo e à situação da formação destes professores, tendo em conta dados sobre os professores que atuam na Educação Básica e os cursos responsáveis por esta formação (número, modalidades, vagas, matrículas e instituições). Realiza também revisão bibliográfica acerca do tema “formação de professores”, evidenciando os projetos que disputam a direção desta formação no plano da política educacional e da teoria pedagógica, considerando os antagônicos interesses das classes que disputam o controle dos meios de produção e dos instrumentos políticos no atual grau de desenvolvimento deste modo de produção. Evidencia a expansão dos cursos superiores para a formação dos professores no país, sobretudo no Ensino Superior privado e na modalidade a distância e, por outro lado, a demanda por professores com formação em nível superior (licenciatura) – cerca de 1/3 dos professores que atuam na Educação Básica não possui formação neste nível. Analisa que as recentes reformas educacionais têm como meta compatibilizar a formação dos formadores da classe trabalhadora ao projeto de mundialização da educação para a Educação Básica (implementado no país desde a década de 1990), tendo em conta a necessidade de rebaixamento do valor da força de trabalho e de contenção dos trabalhadores em uma conjuntura de crise do modo de produção e de acirramento dos conflitos entre capital e trabalho. O referencial privilegiado por este projeto hegemônico situa-se nas pedagogias do aprender a aprender, marcadas por uma teoria do conhecimento relativista e uma pedagogia alicerçada na supervalorização das experiências individuais e cotidianas em detrimento do trato com o conhecimento científico. Em contraposição a este projeto, tem-se o projeto reivindicado pela classe trabalhadora, cujas bases fundamentais são a reivindicação do acesso ao conhecimento na sua expressão mais desenvolvida (a ciência) e tratado de acordo com os pressupostos da concepção materialista e dialética da história, bem como o desenvolvimento de uma consistente formação política.Downloads
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