O QUE FAZEM AS ESCOLAS QUE DIZEM FAZER/TER UMA HORTA?
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2020.v13i2.a28264Abstract
O foco do presente artigo está em discutir sentidos sobre usos e finalidades das hortas nas escolas públicas estaduais de Juiz de Fora, MG, bem como suas implicações à educação ambiental. O estudo se baseia em um levantamento, produzido entre os anos de 2016 e 2017, das escolas estaduais locais que possuíam hortas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores, produtores de práticas educativas relacionadas às hortas, objetivando aprofundar o olhar sobre o uso pedagógico destas. Utilizamos como referencial teórico metodológico os Estudos Críticos do Discurso, com base em Norman Fairclough. Os resultados mostram a ausência de um viés contra-hegemônico na construção discursiva da educação ambiental praticada nas hortas, uma vez que se sustenta por representações conservadoras cuja prevalência consiste no apagamento de injustiças e conflitos socioambientais, bem como de seus atores, nas relações que se estabelecem com o alimento.
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