Psicologia feminista como forma-de-ação: experiência em extensão

Paula Land Curi; Carolina de Oliveira  Armani; Luciana da Silva  Oliveira; Thais Ferreira  Rodrigues

doi:10.22409/resa2022.v15i2.a50864

Authors

Paula Land Curi Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ https://orcid.org/0000-0003-4204-8785
Carolina de Oliveira Armani Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ https://orcid.org/0000-0002-6014-8061
Luciana da Silva Oliveira Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG https://orcid.org/0000-0002-6356-8272
Thais Ferreira Rodrigues Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ https://orcid.org/0000-0001-5971-441X

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i2.a50864

Keywords:

university extension, feminist epistemologies, psychology

Abstract

This paper aims to weave some reflections on the University and the construction of knowledge, based on positivist scientism, a mark of a science founded from a partial, privileged and hierarchical perspective, guided by Male Dominance. To counteract this, it presents an extensionist experience in Psychology, and highlights how University Extension, from its principles - dialogical interaction; interdisciplinarity and interprofessionalism; inseparability between teaching, research and extension; impact on student education; and impact and social transformation - can be a privileged way for the production of embodied, situated and critical knowledge, towards the propositions of feminist epistemologies.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Paula Land Curi, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1994), mestrado em Psicanálise pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012). Docente do Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, campus Niterói, desenvolvendo atividades docentes e de gestão - Coordenadora de Curso de Graduação em Psicologia, desde 2015. Docente do Programa de Pós Graduação em Psicologia (PPGP) - do Departamento de Psicologia da UFF Niterói. Membro do Grupo de Trabalho Mulheres na Ciência da UFF. Integrante do Comitê Gestor do Núcleo ABEP-RIO. Membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Experiência de trabalho com saúde perinatal, políticas públicas para mulheres e clínica (psicanálise). Pesquisa sobre estudos de gênero, políticas para mulheres, violências e seus efeitos. Interessa-se pela articulação entre essas temáticas e a clínica.

Carolina de Oliveira Armani, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Psicóloga, graduada pela UFF. Mestranda em Atenção Psicossocial pelo IPUB/UFRJ. Trabalhadora da rede de Saúde Mental do Rio de Janeiro e Niterói. Integrante do Programa Extensionista Mulherio: Tecendo redes de resistência e cuidados. Foi bolsista do Projeto de Inovação em Tecnologia Social “Cuidando da exposição à violência sexual: empoderando mulheres e tecendo redes”, pela AGIR.

Luciana da Silva Oliveira, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2008), Especialização em Análise Institucional, Esquizoanálise e Esquizodrama pela Fundação Gregório Baremblitt de Minas Gerais (FGB, 2011), Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas, 2013) e Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 2020). Atualmente atua como docente na PUC Minas e como psicóloga clínica. Tem experiência em: psicologia social; direitos humanos; políticas públicas em assistência social; atendimentos psicossociais; clínica e metodologias de grupo; esquizoanálise e processos de subjetivação; mediação de conflitos; gênero (especialmente atendimento à mulheres em situação de violência doméstica e familiar).

Thais Ferreira Rodrigues, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Doutora pelo Programa de Pós Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (2020). Professora Substituta do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa (2013-2015). Professora Conteudista do programa de Pós graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gênero e Raça (UFV) (2014-2015) Mestre em Ciência Política pelo Programa de Pós Graduação em Ciência Política da UFF (2013). Bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela UFF (2010). Possui Pós-Doutorado em Psicologia pela UFF (2022). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas e Desigualdade de Gênero

References

ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. A Psicologia no Brasil no século XX: desenvolvimento científico e profissional. In: MASSAMI, Marina; GUEDES, Maria do Carmo (Orgs). História da Psicologia no Brasil: novos estudos. São Paulo: Cortez Editora, 2004.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: a experiência vivida. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2016.

BIROLI, Flávia. Teorias feministas da política, empiria e normatividade. Lua Nova, São Paulo, n. 102, p. 173-210, jul. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ln/n102/1807-0175-ln-102-173.pdf . Acesso em: 20. Dez. 2019.

CAMPOS, Regina Helena de Freitas; BERNARDES, Lúcia Helena Garcia. A revista Psicologia: Ciência e Profissão: um registro da história recente da Psicologia brasileira. Psicologia Ciência e Profissão. Brasília, Conselho Federal de Psicologia, v. 25, n. 4, p. 508-525, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pcp/v25n4/v25n4a02.pdf

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

GONÇALVES, Mariana Alves. Psicologia favelada: ensaios sobre a construção de uma perspectiva popular em psicologia. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2017.

KETZER. Patricia. Como pensar uma Epistemologia Feminista? Surgimento, repercussões e problematizações. Argumentos, ano 9, n. 18, p. 95-105, jul./dez. 2017. 103.Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/32159/1/2017_art_pketzer.pdf. Acesso em: 15. Jan. 2020.

KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. 1. ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MATOS, Marlise. Movimento e teoria feminista: é possível reconstruir a teoria feminista a partir do sul global? Revista de Sociologia e Política, v. 18, n. 36, ´. 67-92, jun. 2010. 67-89 Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010444782010000200006&script=sci_abstract&tlng=pt . Acesso em: 02. Fev. 2020.

NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Silvia Helena. Metodologias feministas e estudos de gênero: articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo, Maringá, PR, v. 11, n. 3, p.647-654, set./dez. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pe/v11n3/v11n3a20.pdf . Acesso em: 06. Mar. 2019.

PINSKY, Carla Bassanezi. Mulheres dos anos dourados. São Paulo: Contexto, 2014.

PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

PORTO, Madge. Mulheres na Psicologia: conquistas e desafios. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, Jornal do Federal. Ano XXVI n. 110 pp. 14-15, mai. 2015.

ROSEMBERG, Fúlvia. Afinal, por que somos tantas psicólogas? Psicologia ciência e profissão, Brasília, v. 4, n. 1, p. 6-12, 1984. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931984000100002 Acesso em: 10 fev 2020.

RUBIN, Linda; ARGOLO, Fernanda. ''Precisamos fala de gênero'' In: RUBIN, Linda; ARGOLO, Fernanda. (Orgs.) O Golpe na perspectiva de gênero. Salvador: UFBA, 2018.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado e violência. 2.ed. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2015. 41-43.

STRENGER, Isabelle. Quem tem medo da ciência? Ciência e Poderes. São Paulo: Editora Siciliano, 1990.

TEDESHI, Losandro Antonio. Por outras Histórias: A Historiografia atual e os Estudos de Gênero. In: As Mulheres e a História: Uma Introdução Teórico Metodológica. Dourados/MS. Ed. UFGD, 2012

TIBURI, Marcia. Feminismos em comum: para todas, todes e todos. 2. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.