Sobre la revista

REVISTA BIANUAL - MARZO / SEPTIEMBRE - ISSN 2237-1508

A PRAGMATIZES busca aprofundar os debates teóricos necessários a um período em que tecnologia, cultura e arte se misturam. Torna-se, em particular, a comunidade acadêmico-científica da Cultura. PRAGMATIZES é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades (PPCULT-UFF), em colaboração com o Laboratório de Ação Cultural (LABAC-UFF), ambos vinculados ao Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS-UFF). Este jornal tem uma classificação duplo cego como regra geral. / Esta revista tem uma política de revisão cega por pares. / Esta revista tem uma política de revisão cega por pares.

Revista incluída no    Portal do Jornal CAPES / Signatário da Declaração de DORA / Cadastrada na ABEC / Cadastrada na Redib / Cadastrada na Redib / Cadastrada na Rede Revistas Acadêmicas Latino-Americanas em Ciências e Humanas da FLACSO -  LatinREV / Listagem de resultados relacionados ao ou Latindex ( Sistema de Informações regional online de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal). Jornal relacionado ao  DOAJ / Directory of Open Access Kournals.

 

Avisos

Artigos para integrar o dossiê 28: Hip-Hop no Brasil: a produção de sentidos e as transformações da cultura

2024-08-03

Tema do dossiê: Hip-Hop no Brasil: a produção de sentidos e as transformações da cultura

Organizadores: William de Goes Ribeiro (UFF), Flávio Soares Alves (UNESP) e Rosenverck Estrela Santos (UFMA).

Observação geral: O dossiê integrará a edição de março de 2025, e o prazo para envio das colaborações é até 31 de outubro de 2024, através do site da revista http://periodicos.uff.br/pragmatizes/

Destacamos que as normas editoriais do periódico indicam a necessidade dos artigos serem de autoria de pesquisadores doutores, ao menos um dos autores, e que todos os autores e coautores estejam cadastrados na plataforma https://orcid.org/, e que a identificação deve constar nos dados cadastrados na plataforma da revista. As diretrizes para autores(as) encontram-se no seguinte link: https://periodicos.uff.br/pragmatizes/about/submissions

 

Apresentação da temática:

Desde 1973, quando o DJ Kool Herc, pela primeira vez, organizou uma festa que reuniu break, rap e grafite no bairro do Bronx, em Nova York, que o Hip-Hop, enquanto significante, tornou-se uma referência estética, política, cultural e educacional. Deste modo, em 2023, completou 50 anos, gerando comemorações em todo o globo. Porém, recuando da ideia de origem, ressaltamos que a cultura enquanto prática social reunia elementos já disponíveis naquele contexto. O qual passou a disseminar, a partir dos dispositivos que dispunha, tais elementos, ligados, sobretudo, à “juventude” e às populações “periféricas” que se tornavam adeptos, sujeitos produzindo sentidos.

Considerando o exposto, Hip-Hop tornou-se um campo de estudos em diversas áreas das ciências sociais e humanas, como Educação, Sociologia, Antropologia, História, dentre outras. A partir das pesquisas sobre a cultura Hip-Hop podemos estudar processos de significação e aprofundar modos de viver, pensar e produzir conhecimento. Ou seja, nos conduz às subjetivações, aos sentimentos de pertencimento, às territorialidades e às condições de vida. Destacamos ainda a importância dessa cultura articulada aos processos de identificação da população negra e de uma leitura crítica da realidade. Os elementos político-culturais tão importantes no mundo contemporâneo, em 2023, comemorou décadas de existência, sendo influente nas disputas educacionais.

A publicação no Brasil, em 1999, organizada por Elaine Nunes de Andrade intitulada “Rap e educação, Rap é educação”, foi uma referência para o Hip-Hop ter sido pensado e se destacado como um importante agente educacional. Com efeito, em meio a outras produções sobre o tema, o livro de Marc Hill (2014), intitulado “Batidas, rimas e vida escolar”, inspira o debate sobre o que chamou de Pedagogia Hip-Hop. O pesquisador norte-americano empenha-se no estudo etnográfico a partir de uma disciplina escolar intitulada “Literatura Hip Hop”. A proposta salienta questões e dilemas naquele país, ao passo que expõe motivações e experiências, semelhantes e diversas, do que poderíamos chamar de “nossas”. Lembrando a obra citada, não pretendemos buscar receitas para qualquer área de atuação e estudo, tampouco buscamos fórmulas para lidar com “jovens problemas”.

Diferentemente, este dossiê pretende expor a falência de concepções pedagógicas e políticas planejadas de antemão, as quais ignoram o contexto e as relações cotidianas imprevisíveis e imponderáveis. Em diversas áreas e sob perspectivas as mais distintas, produções acadêmicas e a vida cotidiana se hibridizam, mas também se desencontram. O Hip- Hop como cultura se reedita como resistência, a partir de uma população potente e inquieta; e como reexistência, em meio a conflitos sociais, raciais, de gênero, interseccionais e outros, promovendo uma política , sustentando subjetividades, produzindo sentidos.

No caso do Brasil, a referida cultura, na heterogeneidade e hibridização, permanece viva em uma dinâmica singular, em virtude de ressignificações e de criativas produções, tornando o Hip-Hop cada vez mais “plural” e mobilizado pelo “local”.. Os estudos de Ricardo Teperman (2015) com o rap no país são um exemplo do exposto. Através do livro “Se liga no som” explicita um rap que é regional, queer, feminista, indígena e muito mais. Por sua vez, não é de hoje que o grafite ganha as galerias e ocupa muros em escolas e espaços além dos muros e trens norte-americanos, a dança de rua que há décadas invadiu as academias de ginástica, com o break hoje se torna “esporte” e está incluída em um evento internacional de peso como as Olimpíadas. Em suma, com tais inspirações em mente e tantas outras mobilizadas pelo Hip-Hop, entendendo-o enquanto um significante socialmente disputado, o objetivo desta interpelação visa ampliar o diálogo interdisciplinar com a aludida cultura de modo a discutir alternativas a respeito de demandas sociais e enfocar as produções de sentido aliadas a lutas históricas, como as da população negra e indígena no Brasil.

Este dossiê objetiva, portanto, reunir estudos que se debruçam sobre a cultura Hip-Hop na atualidade brasileira. De maneira interdisciplinar, visa ampliar o debate e contribuir para reflexões e questões acerca da complexidade da cultura que resiste e re-existe às dinâmicas sociais discriminatórias. Com e para além de demandas sociais mapeadas, isto é, conhecidas; pretendemos reunir artigos que aproximem o campo da cultura e da territorialidade dos múltiplos olhares que envolvem o significante Hip-Hop. Temos em mente alcançar estudos que reconheçam  e valorizam o caráter dinâmico e relacional da cultura. Porém, sem fechar em um único referencial teórico, pelo contrário, consideramos bem vindas as diversas propostas que aproximam as discussões a respeito da cultura Hip-Hop de abordagens em torno do multiculturalismo e da interculturalidade, da problemática em torno do de/des/pós/contra colonialismo, dentre outras.

Organizadores:

William de Goes Ribeiro (UFF)

Flávio Soares Alves (UNESP)

Rosenverck Estrela Santos (UFMA)

 

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Número actual

Vol. 14 Núm. 26 (2024): Edição 26 (inclui dossiê sobre política de Cultura Viva)
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Cultura Viva: do Programa à Lei – questões estruturantes no Brasil e demais políticas de Cultura Viva Comunitária

Publicado: 2024-08-11
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