Vol. 2 No. 42 (2024): Emancipação, transformação e empoderamento na educação
Este é o primeiro número de nossa revista em fluxo contínuo e, no processo de recomeçar, muitos aprendizados foram acontecendo, dentre eles o de pensar o tema do Dossiê após termos todos os artigos aprovados. Percebemos que as ideias de emancipação, transformação, liberdade, empoderamento, resistência e protagonismo se articulavam especialmente em três artigos que se complementam em diálogos com autores e com realidades distintas. Em EDUCAÇÃO POPULAR E FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MOÇAMBIQUE: REFLEXÕES INICIAIS temos o diálogo entre a memória colonial, a atual educação em Moçambique e a busca pela decolonização. Colocam estes aspectos próximos das elaborações do autor brasileiro: Paulo Freire. No artigo O PODER TRANSFORMADOR INFANTO-JUVENIL: O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FORÇA DE AÇÃO há uma análise da importância do cinema e do audiovisual como ferramentas de resistência e empoderamento na educação, focando nas infâncias e adolescências subalternizadas. Consideram os potenciais críticos e reflexivos dos jovens, identificando as produções audiovisuais como ferramentas educacionais libertadoras. Para os autores de RAP, MÚSICA E VOZ DA EMANCIPAÇÃO SOCIAL, o movimento hip-hop em Angola pode ser lido como uma ferramenta discursiva de resistência, de emancipação e de despertar de consciência por dar voz e protagonismo a grupos socialmente excluídos. A música é identificada como um caminho para educar, reeducar, socializar e despertar consciência da população. São três visões, em diferentes partes do mundo, que se complementam em uma visão de educação instituinte.
Adotamos também, a partir desse número, uma imagem para nossas capas, que mudarão de côr, mas que permanecerá até que os ventos tragam outras propostas: a foto de Célia Linhares, a idealizado desse periódico. Por último, quero convidar todos vocês a lerem também os artigos das demais seções que apresentam diferentes abordagens e temáticas sobre a formação humana nas instituições de ensino. Boa leitura.




